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Estado de Minas POL�TICA

Investiga��o mira A�cio e ex-procurador por arquivar processo contra deputado


postado em 01/04/2020 15:31

O deputado federal A�cio Neves (PSDB-MG) e o ex-procurador-geral de Justi�a do Rio, Marfan Martins Vieira, s�o investigados por suposta interfer�ncia para arquivar processo criminal contra o deputado federal Dimas Toledo (PP-MG), ex-diretor da Furnas e antigo aliado do tucano. O caso � apurado sob sigilo e est� no Supremo Tribunal Federal devido � prerrogativa do foro privilegiado dos parlamentares.

A�cio teria agido para arquivar as investiga��es contra Toledo no Minist�rio P�blico e na Pol�cia Civil do Rio de Janeiro. Os nomes de Marfan Martins Vieira e do delegado Fernando Veloso, ex-chefe da corpora��o, s�o citados por suposto conhecimento do esquema.

As investiga��es derivam da dela��o premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral, homologada em fevereiro pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Segundo Vieira, as acusa��es s�o "levianas, inver�dicas e temer�rias, formuladas por um delinquente sem a menor credibilidade". Em fevereiro do ano passado, o ex-procurador-geral de Justi�a havia sido citado por Cabral durante depoimento ao Minist�rio P�blico Federal por suposta atua��o pelo arquivamento de processos relacionados ao ex-governador.

Em troca, Cabral disse aos procuradores que atuaria para reconduzir Vieira � chefia da promotoria fluminense.

� �poca, Marfan Vieira afirmou n�o haver nexo entre os motivos alegados por Cabral e a sua nomea��o. O ex-procurador-geral ocupou a chefia do Minist�rio P�blico fluminense entre 2013 a 2017, entre as gest�es de Cabral e Luiz Fernando Pez�o.

Dimas Toledo e A�cio Neves tamb�m s�o investigados na Lava Jato por propinas da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. O tucano foi acusado pela PF de receber R$ 65 milh�es em vantagens indevidas entre 2008 e 2011, per�odo em que ocupou o cargo de governador de Minas Gerais e senador federal.

Toledo agia como intermedi�rio dos pagamentos, e foi indiciado por corrup��o passiva.

Na �poca do Mensal�o, Toledo ficou conhecido pela chamada "Lista de Furnas", que apontaria o nome de 156 pol�ticos de oposi��o supostamente beneficiados com recursos da estatal via caixa dois nas elei��es de 2002.

O ex-diretor tamb�m foi delatado por Ricardo Assaf na Opera��o Descarte como suposto benefici�rio de R$ 3,7 milh�es de um total de R$ 40 milh�es desviados da Companhia Energ�tica de Minas (Cemig).

O gabinete do deputado afirmou que "n�o tem conhecimento de nenhum processo ou investiga��o contra si instaurado no Rio de Janeiro e jamais respondeu por qualquer fato relacionado ao seu mandato junto ao Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro".

Em nota, o criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende A�cio Neves, afirma desconhecer completamente o assunto e "lamenta, mais uma vez, o vazamento seletivo e parcial de informa��es sem que o acusado, por desconhecer a acusa��o, possa se defender".

O delegado Fernando Veloso disse que desconhece "qualquer fato como esse e eu jamais intervi em investiga��o nenhuma".

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ALBERTO ZACHARIAS TORON, QUE DEFENDE O DEPUTADO FEDERAL A�CIO NEVES

A defesa do deputado A�cio Neves desconhece completamente o assunto e refuta veementemente qualquer ila��o que envolva o seu nome. E lamenta, mais uma vez, o vazamento seletivo e parcial de informa��es sem que o acusado, por desconhecer a acusa��o, possa se defender.

� preciso que as autoridades tomem cuidado com acusa��es sem qualquer fundamenta��o, feitas por aqueles que buscam desesperadamente adquirir alguns benef�cios pessoais. Em especial, relatos que, por sua fragilidade, foram descartados pelo pr�prio MPF.

Alberto Zacharias Toron - Advogado

COM A PALAVRA, O DEPUTADO FEDERAL DIMAS TOLEDO

"O Deputado n�o tem conhecimento de nenhum processo ou investiga��o contra si instaurado no Rio de Janeiro e jamais respondeu por qualquer fato relacionado ao seu mandato junto ao Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro. O Deputado exerce a legislatura a mais de 9 anos, com prerrogativa de foro perante ao STF, o que tornaria esdr�xula - para n�o dizer francamente ilegal - a hipot�tica instaura��o de inqu�rito contra si no �mbito do MP carioca".

COM A PALAVRA, O EX-PROCURADOR-GERAL DO RIO DE JANEIRO MARFAN VIEIRA

Por meio da assessoria do Minist�rio P�blico do Rio, Marfan Vieira afirmou que as acusa��es s�o "levianas, inver�dicas e temer�rias, formuladas por um delinquente sem a menor credibilidade" e que o objetivo de S�rgio Cabral, na dela��o, � 'obter vantagens processuais que amenizem os seus quase 400 anos de condena��o'. Ele disse ainda que ir� processar o ex-governador "nas esferas criminal e civil, pela pr�tica de denuncia��o caluniosa e pelos danos morais a mim causados".

COM A PALAVRA, O EX-CHEFE DA POL�CIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO FERNANDO VELOSO

Em resposta a liga��o da reportagem, o delegado da Pol�cia C�vil do Rio, Fernando Veloso, respondeu: "O que posso dizer � que desconhe�o qualquer fato como esse e eu jamais intervi em investiga��o nenhuma - muito pelo contr�rio. Uma das marcas da minha administra��o foi garantir a autonomia jur�dica dos delegados e a autonomia t�cnica dos peritos. Estou absolutamente tranquilo quanto a isso, n�o sei de que forma meu nome foi citado. N�o sei se citaram meu nome insinuando que eu tenha feito alguma coisa. Minha consci�ncia est� absolutamente tranquila".

N�o fiz interfer�ncia nenhuma que n�o fosse uma interfer�ncia cab�vel, no sentido de fazer a Pol�cia funcionar, para a Pol�cia trabalhar. Nunca tive conversa nenhuma. Tive tempo na chefia com S�rgio Cabral, mas a maior parte do tempo foi com o Pez�o. Mas n�o tive nenhuma conversa sobre isso, at� porque nunca dei abertura nenhuma para governador nem para secret�rio nem para ningu�m."


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