Marta Suplicy filia-se ao Solidariedade e pode concorrer nas elei��es municipais

Faltando dois dias para o fim do prazo de filia��o para quem quiser concorrer nas elei��es municipais deste ano, a ex-prefeita de S�o Paulo Marta Suplicy assinou a ficha de entrada no Solidariedade.

O papel que Marta ter� nas pr�ximas elei��es municipais vem sendo especulado desde o fim do ano passado, quando surgiu a hip�tese de que ela seria candidata � vice na chapa de Fernando Haddad (PT). Tamb�m ex-prefeito, Haddad tem declarado que n�o tem pretens�o de concorrer � Prefeitura. O PDT tamb�m surgiu como poss�vel destino da ex-ministra nos �ltimos meses.

Em um texto no qual explica as raz�es da escolha, a ex-prefeita defende a forma��o de uma frente ampla que v� dos liberais de centro direita aos progressistas de esquerda para enfrentar candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro e diz que o �oportunismo eleitoral� deve ser colocado de lado.

"A uni�o � necess�ria para termos capacidade e condi��es de formularmos as respostas para a constru��o de programas sociais abrangentes e pol�ticas p�blicas emergenciais. Est� colocado o desafio de abandonar o oportunismo eleitoral e nos centrarmos no que nos une. Colocarmos de lado as diverg�ncias acess�rias para aprofundarmos projetos urgentes de preven��o sanit�ria, saneamento b�sico, cuidados e acolhimento de toda a popula��o, em especial os mais carentes e desprotegidos", diz a ex-prefeita.

A ex-prefeita tem dito em entrevistas que, desde que se desfiliou do MDB, em 2018, est� disposta a concorrer a qualquer cargo na elei��o para a prefeitura deste ano desde que sua participa��o ajude a cimentar a unidade de uma frente democr�tica contra o bolsonarismo.

A filia��o de Marta ao Solidariedade acontece no dia em que o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), faz um asceno � esquerda ao compartilhar uma mensagem do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Marta, que teve a volta ao PT barrada por setores da milit�ncia petista, embora tivesse apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, critica o sectarismo no texto.

"Fora de hora e equivocados est�o os que insistem, tamb�m de forma irrespons�vel, no debate de disputas internas partid�rias voltadas para o pr�prio umbigo. N�o h� mais cabimento em apontar a lua mas n�o conseguir enxergar al�m do que o pr�prio dedo. A l�gica da solu��o eleitoral atrav�s de disputas apequenadas devem ser superadas, pois acabam prevalecendo sobre os interesses maiores da cidade e do pa�s".

Leia a �ntegra da nota:

Frente Ampla e Solidariedade

Filiei-me ao Solidariedade com a perspectiva de continuar lutando pela constru��o de uma Frente Ampla para disputar as elei��es de 2020 que poder� governar a cidade de S�o Paulo com for�a pol�tica, compet�ncia e compromisso social.

Nesta arquitetura de Unidade Democr�tica posso exercer qualquer papel. Pretens�o pessoal n�o � o que me move neste momento.

A situa��o grav�ssima que vivemos requer ousadia, f�, coragem e muita Solidariedade.

A unidade das for�as liberais, de centro, progressistas, todas democr�ticas, coloca-se como inexor�vel.

Os graves riscos de ordem institucional, econ�mica, os equ�vocos e irresponsabilidades de v�rios governantes, colocam a necessidade da uni�o de todos que, com esp�rito p�blico, tenham sensibilidade em reconhecer as enormes desigualdades sociais e a necessidade de a��es concretas, diretas e urgentes para a diminui��o do sofrimento da popula��o.

A perspectiva de focar o futuro da cidade com grandeza e desprendimento imp�em-nos o desafio de n�o incentivarmos a��es de isolamento desta ou daquela for�a pol�tica do mesmo campo democr�tico. Esse n�o � um bom caminho. N�o faz sentido a promo��o de nenhum tipo de sectarismo em detrimento das enormes necessidades da cidade e da popula��o.

Fora de hora e equivocados est�o os que insistem, tamb�m de forma irrespons�vel, no debate de disputas internas partid�rias voltadas para o pr�prio umbigo. N�o h� mais cabimento em apontar a lua mas n�o conseguir enxergar al�m do que o pr�prio dedo.

A l�gica da solu��o eleitoral atrav�s de disputas apequenadas devem ser superadas, pois acabam prevalecendo sobre os interesses maiores da cidade e do pa�s.

A hora � de olharmos para S�o Paulo com far�is altos colocando como prioridade a supera��o da grav�ssima crise hoje vivida e a diminui��o do grande fosso de desigualdades.

A uni�o � necess�ria para termos capacidade e condi��es de formularmos as respostas para a constru��o de programas sociais abrangentes e pol�ticas p�blicas emergenciais.

Est� colocado o desafio de abandonar o oportunismo eleitoral e nos centrarmos no que nos une. Colocarmos de lado as diverg�ncias acess�rias para aprofundarmos projetos urgentes de preven��o sanit�ria, saneamento b�sico, cuidados e acolhimento de toda a popula��o, em especial os mais carentes e desprotegidos

A unidade democr�tica e progressista poder� ser o instrumento para S�o Paulo dar um basta ao escandaloso e equivocado desmonte das pol�ticas p�blicas populares.

S� assim o Brasil poder� abrir caminhos para reencontrar-se e acordar do terr�vel pesadelo em que se encontra.

Marta Suplicy