(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Veja hist�rico de atritos entre Bolsonaro e Mandetta

Presidente e ministro da Sa�de n�o se entendem na crise do coronav�rus. Bolsonaro defende libera��o do com�rcio, e Mandetta, isolamento social


postado em 06/04/2020 16:49 / atualizado em 06/04/2020 19:42

(foto: Carolina Antunes/PR)
(foto: Carolina Antunes/PR)
O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro e o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, v�m discordando publicamente sobre o modo com que o Brasil deve lidar com a crise do coronav�us. Enquanto Mandetta recomenda o isolamento social como a melhor estrat�gia para evitar mortes e uma sobrecarga no sistema de sa�de, Bolsonaro se mostra preocupado com as perdas econ�micas e defende a libera��o dos trabalhadores que n�o s�o do grupo de risco.

Inicialmente, enquanto a crise ia se agravando e mais casos eram confirmados no Brasil, Mandetta tentava alinhar seu discurso ao do chefe. Os dois falavam em p�blico um ao lado do outro. Por�m, � medida que Bolsonaro n�o s� defendia o chamado "isolamento vertical" como tamb�m desrespeitava a orienta��o de seu ministro, saindo �s ruas, Mandetta come�ou a defender mais expressamente a sua posi��o.

Relembre os principais atritos que marcaram a rela��o do presidente com o ministro desde o agravamento da pandemia no Brasil.
 

15 de mar�o


Jair Bolsonaro participou de manifesta��es que se diziam contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso. O presidente cumprimentou apoiadores e postou v�deos dos atos nas redes sociais. Por�m, o presidente havia dito, pouco antes, que os atos deveriam ser repensados. Ele havia acabado de voltar de viagem dos EUA, de onde boa parte de sua comitiva contraiu o coronav�rus.

Procurado para comentar, Mandetta minimizou a situa��o. Disse que era v�lido criticar o presidente, mas que as praias estavam lotadas. “Eu tenho minhas falhas tamb�m, cometo meus erros. N�o � por isso que vamos ficar apontando dedos”, afirmou. 
 
 

22 de mar�o


Bolsonaro e Mandetta participaram de uma reuni�o por videoconfer�ncia com prefeitos de capitais. O presidente criticou o “alarmismo”, com que a imprensa tratava a crise, em sua avalia��o. Tamb�m disse que o Brasil n�o pode ser comparado com a It�lia- um dos pa�ses mais afetados pelo coronav�rus – por ser uma na��o com mais idosos e densidade populacional maior.

Nesse dia, Mandetta n�o fez nenhuma considera��o contr�ria ao que o chefe falou. Por�m, depois, com o avan�o da crise, o ministro refor�ou a gravidade da situa��o e apontou o quadro da It�lia como um dos que o Brasil poderia alcan�ar caso n�o fossem tomadas medidas.
 
 

29 e 30 de mar�o

Em um domingo, Bolsonaro saiu �s ruas de Bras�lia, conversou e tirou foto com apoiadores. Contrariando a recomenda��o de isolamento de seu pr�prio Minist�rio da Sa�de. “O povo quer trabalhar”, disse ao p�blico que o acompanhou. Enquanto isso, o Brasil contabilizava 4.309 casos e 139 mortes por coronav�rus.

No dia seguinte, em entrevista coletiva no Pal�cio do Planalto, Mandetta n�o pode comentar a sa�da do presidente. Quando um rep�rter questionou o ministro se Bolsonaro podia ter feito o que fez, o ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, encerrou a coletiva.
 

2 e 3 de abril

Talvez o maior volume de cr�ticas de Jair Bolsonaro contra o ministro da Sa�de veio em entrevista � r�dio Jovem Pan, na quinta-feira (2). O presidente declarou que faltava “humildade” a Mandetta, e que ele deveria ouvi-lo mais sobre o combate ao coronav�rus. Apesar de dizer que n�o pensava em demitir o ministro “no meio da guerra”, Bolsonaro disse que nenhum ministro do governo � “indemiss�vel”. “O Mandetta j� sabe que a gente est� se bicando h� algum tempo. Agora, em algum momento ele extrapolou”, afirmou o presidente.

Na entrevista, Bolsonaro ainda comentou que n�o enfrentou Mandetta na quest�o do isolamento social por temer acusa��es de opositores de que teria agravado a crise do coronav�rus no Brasil. O presidente afirmou que analisaria a possibilidade de liberar a circula��o e o funcionamento do com�rcio na pr�xima semana.

No dia seguinte a essa entrevista, Mandetta participou da coletiva de imprensa di�ria do governo federal no Pal�cio do Planalto. Questionado sobre a possibilidade de ser demitido, Madetta respondeu: “M�dico n�o abandona paciente”. Na entrevista, o ministro se mostrou preocupado com ideias de relaxar o isolamento social, como defendidas pelo presidente. “N�o adianta algu�m tamb�m na primeira semana, na segunda semana que a gente est� enfrentando a situa��o, a gente j� chegar e falar: ‘ah,n�o, vou n�o, chega, pra mim t� bom, j� deu, vamos deixar acontecer’”, argumentou o ministro.

Por outro lado, Mandetta disse entender a posi��o do presidente, j� que ele estaria sofrendo press�o de empres�rios para liberar a circula��o. A avalia��o do chefe da Sa�de � ver aos poucos a possibilidade de afrouxar o isolamento. O ministro disse entender as cr�ticas, e que para ele o atrito com o chefe � “muito tranquilo”. Mandetta reconheceu que n�o � “dono da verdade” e que n�o h� “f�rmula pronta” para enfrentar o v�rus.  

Em 3 de abril, uma pesquisa do Datafolha indicava que 76% dos brasileiros aprovavam a atua��o do Minist�rio da Sa�de na crise, enquanto 30% aprovaram as a��es do presidente Bolsonaro.

 

5 de abril

Em conversa com apoiadores no Pal�cio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que “algo subiu na cabe�a” de integrantes do governo, que estariam “se achando”. Sem citar Mandetta, o presidente ressaltou que a “hora” dessas pessoas iria chegar, e que sua "caneta funciona'.


Mais tarde, questionado por um jornalista sobre a fala do presidente, Mandetta disse que estava dormindo e procuraria saber sobre no outro dia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)