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Estado de Minas POL�TICA

'Conflito entre Bolsonaro e Mandetta confunde a popula��o', diz Rodrigo Pacheco

Senador mineiro diz que disputa entre presidente e ministro em meio � pandemia da COVID-19 � batalha entre intui��o e ci�ncia


15/04/2020 10:13 - atualizado 15/04/2020 10:19

Pacheco também criticou ações de outros membros do Executivo, como os ministros da Educação e da Cidadania(foto: Roque de Sá/Agência Senado)
Pacheco tamb�m criticou a��es de outros membros do Executivo, como os ministros da Educa��o e da Cidadania (foto: Roque de S�/Ag�ncia Senado)
“Intui��o” versus “ci�ncia”. Assim o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) define as diferen�as entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, na condu��o da crise imposta pela pandemia do novo coronav�rus. Colega de partido de Mandetta - deputado federal licenciado pelo Mato Grosso do Sul -, Pacheco lamenta o fato de Bolsonaro se opor, publicamente, �s orienta��es dadas pelo chefe da sa�de nacional. “Felizmente, a tese do ministro tem vencido, mas o conflito confunde a popula��o”, afirma

Desde a �ltima semana, a crise ganhou novos contornos. Tamb�m filiado ao Democratas, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, parlamentar eleito pelo Rio Grande do Sul, viu vazar uma conversa telef�nica com o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). Durante o di�logo, Onyx diz que, al�m de n�o falar h� dois meses com Mandetta, “teria cortado a cabe�a” do ministro da Sa�de se estivesse no lugar de Bolsonaro. A liga��o foi ouvida e divulgada pela CNN Brasil.

Embora evite comentar o conte�do do telefonema, Pacheco reprova o racioc�nio exposto pelo titular da Cidadania. “Caso seja esse, de fato, o pensamento do ministro Onyx, � equivocado, j� que Mandetta cumpre bem e fielmente sua miss�o”, diz.

Os atritos com a China tamb�m incomodam Pacheco. O �ltimo a tecer coment�rios sobre o pa�s asi�tico, em 4 de abril, foi o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub, que usou o personagem Cebolinha, da Turma da M�nica, para satirizar o sotaque local e insinuar que o governo de Xi Jinping esconde informa��es sobre a COVID-19. Como resposta, ouviu da embaixada chinesa que seu tu�te era “fortemente racista”. 

Outra pessoa pr�xima ao chefe do Executivo nacional a irritar Pequim foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em meados de mar�o. Quando o filho “03” do presidente culpou os chineses pela dissemina��o mundial do v�rus, foi repudiado pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que chegou a exigir uma retrata��o formal pelas declara��es. “Precisamos da China para nos desenvolver economicamente”, rebate o senador. 

Na vis�o de Pacheco h�, tamb�m, uma esp�cie de desencontro entre as estrat�gias tomadas pelos governos federal, estadual e municipal. Segundo ele, como as decis�es n�o foram tomadas de modo centralizado, a gest�o da crise tem sido feita de modo “descoordenado”. Ele aproveitou para detalhar a atua��o do Senado no enfrentamento � crise.
 
Veja, abaixo, a �ntegra da entrevista com Rodrigo Pacheco: 

Bolsonaro disse, dias atr�s, que 'tem se bicado' com Mandetta. O senhor acredita que as falas do presidente desautorizam, junto � popula��o, as medidas defendidas pelo ministro da Sa�de, como o isolamento?

� inusitado. O presidente pensa uma coisa e o seu ministro outra. Um com base na intui��o e, o outro, na ci�ncia. Felizmente, a tese do ministro tem vencido, mas o conflito confunde a popula��o. Isso � lament�vel. O discurso do governo federal tinha que ser �nico.

O DEM tem importantes ministros, al�m da presid�ncia das duas casas legislativas federais. O senhor acha que a condu��o da crise pode alterar a percep��o do partido sobre a governo Bolsonaro?

A escolha dos ministros foi pessoal do presidente Bolsonaro. Embora sejam filiados ao Democratas, n�o houve indica��o partid�ria. O verdadeiro papel do partido � apoiar aquilo do governo que � bom, como a condu��o do enfrentamento � crise pelo ministro da Sa�de.

Qual a opini�o do senhor sobre a fala do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que disse, em telefonema a Osmar Terra, que, se fosse Bolsonaro, “teria cortado a cabe�a” de Mandetta? Isso pode trazer consequ�ncias negativas ao partido?

N�o comentarei conversa, de car�ter privado, entre dois deputados. Mas caso seja esse, de fato, o pensamento do ministro Onyx, � equivocado, j� que Mandetta cumpre bem e fielmente sua miss�o. E a �ltima coisa que podemos pensar, neste momento, � proveito ou conveni�ncia de partido pol�tico. Temos de pensar nas pessoas e nas a��es capazes de tirar o pa�s da crise.

Eduardo Bolsonaro e o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub, teceram fortes cr�ticas � China. Houve respostas igualmente duras nos dois casos. O senhor acredita que os atritos com o maior parceiro comercial do pa�s podem trazer graves consequ�ncias ao Brasil?

Atrito desnecess�rio e inoportuno. Precisamos da China para nos desenvolver economicamente. � o nosso maior parceiro comercial. Essa � a realidade e ponto final. N�o � hora de achismos ou de perdermos tempo com teorias da conspira��o.  

Como o senhor avalia a gest�o da crise por parte dos Executivos municipal, estadual e federal?

Descoordenada desde o in�cio por falta de um comando central. Cada um passou a agir, de forma individual, sem levar em conta que a crise � mundial.

O senhor � favor�vel ao adiamento das elei��es municipais deste ano? H� PECs sobre o tema apresentadas, inclusive, por outros senadores. Acha que j� � hora de discutir o assunto?

Podemos discutir um pouco mais � frente avaliando o quadro da ocasi�o. Mas j� me manifestei favor�vel ao adiamento, inclusive com coincid�ncia de elei��es em 2022. O calend�rio eleitoral j� est� prejudicado.

Em tempos de pandemia, como o Senado Federal pode auxiliar os estados?

J� votamos a amplia��o das categorias contempladas pelo aux�lio emergencial de R$ 600, o que ser� um incremento importante na economia dos estados. Tamb�m h� medidas para ajudar empres�rios, como o Projeto de Lei (PL) 1.282/2020, que institui o Programa Nacional de Apoio �s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. H�, tamb�m, previs�o de aumento dos repasses aos estados e munic�pios. Aprovamos, ainda, a mudan�a no rito das tramita��es das mat�rias para que os projetos sejam aprovados com mais celeridade.


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