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Estado de Minas COVID-19

Mineiros defendem di�logo entre Bolsonaro e Maia

Parlamentares do estado entendem que Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia precisam acabar com diverg�ncias frequentes para enfrentar a pandemia


postado em 18/04/2020 04:00 / atualizado em 18/04/2020 08:24

(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A.PRESS)
(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A.PRESS)
A conflituosa rela��o entre o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro (sem partido), e o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ganhou novos contornos na �ltima quinta-feira. Depois de anunciar a demiss�o de Luiz Henrique Mandetta do Minist�rio da Sa�de, o chefe do Executivo, al�m de afirmar que Maia o quer fora do governo, classificou como “p�ssima” a atua��o do mandat�rio do Congresso no enfrentamento ao coronav�rus. Deputados federais mineiros ressaltaram ao Estado de Minas a import�ncia do di�logo entre o Pal�cio do Planalto e o Legislativo.

Bolsonaro afirmou, em entrevista � CNN Brasil na quinta-feira, que Rodrigo Maia “resolveu assumir o papel do Executivo”. “Ele est� conduzindo o Brasil para o caos. N�o temos como pagar uma d�vida monstruosa que est� a�. N�o temos recursos. A inten��o � esculhambar a economia para enfraquecer o governo para eles voltarem em 2022?”, questionou o presidente.

"N�o � hora de brigar. J� temos confus�es demais. Precisamos de solu��es, unidos, para salvar vidas e a economia"

Antonio Anastasia (PSD), senador



Ele se referiu � aprova��o pela C�mara do chamado Plano Mansueto, que prev� aux�lio da Uni�o aos estados e munic�pios por causa dos efeitos econ�micos impostos pela pandemia. O projeto � assim chamado em refer�ncia ao secret�rio do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
 
(foto: TÚLIO SANTOS/EM/DA. PRESS)
(foto: T�LIO SANTOS/EM/DA. PRESS)

"O presidente da Rep�blica e o presidente da C�mara devem sentar, conversar para o bem do pa�s"

Carlos Vianna (PSD), senador



Na vis�o de Eduardo Barbosa (PSDB), a busca pelo conflito faz parte da personalidade do presidente. “� uma fala que n�o agrega em nada e mostra o perfil impulsivo de Bolsonaro, sempre fomentando algum tipo de indisposi��o entre os poderes. O discurso vai ao encontro do eleitorado cativo dele”, diz, lembrando que o chefe do Executivo, por ter sido deputado federal durante sete mandatos consecutivos, entende o papel dos parlamentares no aprimoramento das propostas enviadas ao Congresso.

“O processo pol�tico pressup�e di�logo e compreens�o. Muitas vezes votamos, na C�mara, projetos que o Senado vai revisar. � preciso que o presidente, que viveu no Congresso e sabe seu funcionamento, tenha a humildade de dialogar”, pede Bilac Pinto (DEM).

“CORTINA DE FUMA�A”

Para o deputado Tiago Mitraud (Novo), Bolsonaro atacou Rodrigo Maia como forma de desviar as aten��es da opini�o p�blica, que estava voltada � sa�da de Mandetta. ”� algu�m que continua em eterna campanha eleitoral e n�o entende o papel do cargo que ocupa. Bolsonaro n�o � presidente s� da ‘bolha’ dele, mas de todo o pa�s”, opina.

Odair Cunha (PT) � outro parlamentar mineiro a criticar, de forma veemente, o comportamento do presidente. “As declara��es de Bolsonaro s�o desastrosas, como � seu governo. Ele n�o assume o papel de presidente e fica empurrando responsabilidades aos outros poderes para esconder sua incompet�ncia para gerir o pa�s”. 

DEFESA DO PRESIDENTE

Integrante da base de apoio ao governo federal no Parlamento, o deputado Cabo Junio Amaral saiu em defesa de Bolsonaro. Amaral (PSL), que est� em seu primeiro mandato, diz nunca ter conversado com Maia. “O presidente da C�mara est� atropelando e empurrando ‘goela abaixo’ diversos projetos durante o per�odo da pandemia sem o devido o processo legal. As vota��es a dist�ncia dificultam a obstru��o e prejudicam as discuss�es”, alega, fazendo men��o ao projeto de socorro aos estados e munic�pios.
 
(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A. PRESS )
(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A. PRESS )

"� preciso que o presidente, que viveu no Congresso e sabe seu funcionamento, tenha a humildade de dialogar"

Bilac Pinto (DEM-MG), deputado federal

 

Os parlamentares divergem sobre os impactos que as declara��es de Bolsonaro ter�o sobre a rela��o entre Executivo e Legislativo. Ao ser perguntado sobre as declara��es do presidente, Maia disse, tamb�m � CNN, que enquanto o Congresso recebe “pedras”, jogar� “flores” ao Pal�cio do Planalto.

A maioria dos deputados ouvidos pela reportagem acredita que as rusgas n�o ter�o interfer�ncia nos trabalhos do Congresso Nacional. Para Bilac Pinto, Maia e os l�deres partid�rios n�o v�o “comprar” a estrat�gia adotada por Bolsonaro. “Quando um n�o quer, dois n�o brigam”, resume. Assim como Bilac, Eduardo Barbosa e Odair Cunha tamb�m consideram que a conviv�ncia entre os poderes deve seguir o curso da normalidade.

Junio Amaral e Tiago Mitraud, no entanto, dizem — por motivos distintos — que a conviv�ncia entre os poderes sempre esteve deteriorada. “As rela��es eram estremecidas desde o in�cio do mandato. Agora, Bolsonaro est� ‘queimando as pontes’”, enfatiza o parlamentar do Novo. Amaral, por sua vez, credita a situa��o ao presidente do Congresso Nacional. “Quando ele percebe que precisa atacar o governo, Maia se une � esquerda, independentemente da pauta. Ele n�o tem compromisso com ideias”, pontua.
 
(foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados )
(foto: Michel Jesus/C�mara dos Deputados )

"O presidente da C�mara est� atropelando e empurrando %u2018goela abaixo%u2019 diversos projetos sem o devido processo legal"

Cabo Junio Amaral (PSL-MG), deputado federal

 

SOMA DE  FOR�AS

Pelas redes sociais, o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD), ressaltou a import�ncia da harmonia para driblar os efeitos da COVID-19. “N�o � hora de brigar. N�o temos esse direito. J� temos confus�es demais. N�s precisamos de solu��es, voltar todas nossas for�as, unidos, para salvarmos vidas e para salvarmos a economia do Brasil”, postou.

Tamb�m componente da bancada mineira no Senado, Carlos Viana (PSD) disse que as discuss�es prejudicam o enfrentamento � pandemia. “O presidente da Rep�blica e o presidente da C�mara devem sentar, conversar e resolver qualquer eventual problema, para o bem do pa�s”. A reportagem tentou contato, tamb�m, com o senador Rodrigo Pacheco (DEM). Segundo a assessoria, o parlamentar n�o conseguiu responder aos questionamentos por quest�es de agenda.


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