Depois de o presidente Jair Bolsonaro discursar para manifestantes em Bras�lia que pediam interven��o militar e o fechamento do Congresso Nacional neste domingo, 19, a Associa��o dos Ju�zes Federais do Brasil (Ajufe) e outras cinco entidades da magistratura federal afirmaram que "n�o admitir�o qualquer retrocesso institucional ou o rompimento da ordem democr�tica".
Em nota, as associa��es pedem a uni�o das autoridades p�blicas, "evitando pol�micas desnecess�rias que possam gerar s�rias crises institucionais".
A Associa��o dos Magistrados Brasileiros (AMB) tamb�m se posicionou sobre as manifesta��es contra o Supremo Tribunal Federal, a C�mara e o Senado, afirmando estar pronta "para atuar em defesa da Constitui��o, da magistratura e do sistema de Justi�a". A entidade sinalizou ainda que no atual momento de crise, "o caminho correto para a busca das solu��es � o cumprimento rigoroso da lei e o trabalho em conjunto das institui��es em prol da constru��o de solu��es".
A Ajufe destacou que o �nico caminho para o desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e solid�ria � o respeito � democracia, � independ�ncia dos Poderes e � Constitui��o Federal. "A Rep�blica Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democr�tico de Direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e o pluralismo pol�tico", diz a nota da entidade dos ju�zes federais.
A atitude de Bolsonaro de ir a um protesto antidemocr�tico e de incentivar a aglomera��o de pessoas foi considerada por pol�ticos como "grave", "incentivo � desobedi�ncia" e "escalada antidemocr�tica". As manifesta��es foram criticadas por ministros do Supremo - Lu�s Roberto Barroso disse que � "assustador" ver manifesta��es pela volta do regime militar, ap�s 30 anos de democracia, e Marco Aur�lio Mello chamou os manifestantes de "saudosistas inoportunos".
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