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Estado de Minas

Vereadora do Sul de Minas � denunciada ao MPF por ato pr�-golpe militar e a favor do AI-5

Apesar de admitir ser ela na imagem, a vereadora da cidade Estiva diz que a foto se trata de uma montagem feita pelo namorado, j� que ela n�o segurou o cartaz. O STF tamb�m abriu inqu�rito nessa semana para investigar atos contra a democracia realizados em Bras�lia


postado em 23/04/2020 11:40 / atualizado em 23/04/2020 12:01

As fotos foram publicadas no Facebook que a vereadora mantém com o namorado(foto: Reprodução da internet/Facebook)
As fotos foram publicadas no Facebook que a vereadora mant�m com o namorado (foto: Reprodu��o da internet/Facebook)


Uma vereadora de Estiva, no Sul de Minas, foi denunciada ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) por ato de apologia � tortura e � ditadura militar. A parlamentar Elenice Carmen da Silva, do MDB, aparece numa foto em frente � sede do 14º Grupo de Artilharia do Ex�rcito em Pouso Alegre, tamb�m no sul do estado. A vereadora segura um cartaz com os dizeres: "INTERVEN��O MILITAR J�" e as hashtags "#FORAMAIA" e  "#FORASTF".

As fotos foram publicadas no domingo, dia 19, no Facebook que a vereadora mant�m com o namorado, que � o homem que est� ao lado dela e que n�o ser� identificado por n�o se tratar de pessoa p�blica.

Ap�s ver a publica��o, o ativista socioambiental e cidad�o estivense, Renan Andrade, resolveu denunciar a vereadora, que tamb�m � servidora p�blica na cidade, ao Minist�rio P�blico Federal por poss�vel apologia � tortura e � ditadura militar. A den�ncia foi protocolada no sistema online do MPF.

"A senhora vereadora foi democraticamente eleita, mas parece esquecer o valor da democracia. Ao inv�s de respeitar as leis, ela atenta contra a Constitui��o Federal e contra a Lei de Seguran�a Nacional ao pedir o fechamento de institui��es como o Congresso Nacional e a Suprema Corte. N�s, cidad�os, n�o podemos calar diante de uma vis�vel escalada autorit�ria", disse Andrade.

De acordo com a Procuradoria da Rep�blica em Pouso Alegre, respons�vel por investigar casos na regi�o, a den�ncia contra a vereadora j� foi recebida e est�o em an�lise.

Vereadora diz que a foto � uma montagem


(foto: Reprodução da internet/Facebook)
(foto: Reprodu��o da internet/Facebook)

Falamos por telefone com a vereadora Elenice Carmen da Silva. Ela admite ser ela na foto em frente ao quartel do Ex�rcito em Pouso Alegre, e que estava com o namorado. Por�m, a parlamentar garante que n�o segurou o cartaz. Ela diz que foi o namorado quem fez uma montagem como se ela estivesse segurando o cartaz e publicou no Facebook.

Elenice ainda explica que as fotos s�o de novembro, quando o namorado foi at� o quartel para tratar da aposentadoria dele. Aproveitou e levou uma bandeira do Brasil, vestiu a camisa da sele��o brasileira e confeccionou o cartaz para o protesto solit�rio.

“N�o fui eu. Foi meu namorado l� de S�o Jos� dos Campos. Eu n�o tenho Facebook. Ele fez montagem da foto. Ele assume que fez. Aquela foto j� foi feita em novembro. Ele pegou esse cartaz agora e fez montagem na foto. Eu estava com a bandeira do Brasil e ele vestido de amarelo a� ele colou o cartaz na foto”, diz a vereadora.

A vereadora ainda explica que o namorado � a favor da interven��o militar. Questiona pela nossa reportagem se ela � a favor, Elenice diz que prefere n�o se manifestar e que � a favor do di�logo.

STF abre inqu�rito da investigar atos a favor do AI-5


Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inqu�rito para investigar as manifesta��es pr�-interven��o militar realizadas no domingo em frente ao Quartel-General do Ex�rcito, em Bras�lia, do qual participou o presidente Jair Bolsonaro.
Moraes qualificou o ato como "grav�ssimo", pois atenta contra "o Estado Democr�tico de Direito brasileiro e suas institui��es republicanas", informou o STF em nota divulgada nesta ter�a.

Moraes acatou um pedido apresentado pelo procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, que n�o menciona o presidente Bolsonaro, mas v�rios cidad�os, inclusive deputados federais.

Seiscentas pessoas se aglomeraram em frente ao quartel-general gritando palavras de ordem e exibindo cartazes defendendo uma interven��o militar com Bolsonaro no poder e pedindo um novo AI-5 (Ato Institucional n�mero 5), decreto que fechou o Congresso em 1968 e suprimiu garantias constitucionais. (Magson Gomes)


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