"Imagina se, durante a pr�pria Lava Jato, o ministro, diretor-geral, a ent�o presidente Dilma (Rousseff), o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ficassem ligando para a Superintend�ncia de Curitiba para colher informa��es?", comparou.
Moro acusou Bolsonaro, nesta sexta-feira, de tentar interferir politicamente no comando da Pol�cia Federal para obter acesso a informa��es sigilosas e relat�rios de intelig�ncia da institui��o.
"� certo que o governo da �poca (do PT) tinha in�meros defeitos, aqueles crimes gigantescos de corrup��o que aconteceram naquela �poca. Mas foi fundamental a manuten��o da autonomia da PF para que fosse poss�vel realizar esse trabalho", disse Moro no pronunciamento.
"Seja de bom grado ou seja pela press�o da sociedade, essa autonomia foi mantida e isso permitiu que os resultados fossem alcan�ados. Isso � at� um ilustrativo da import�ncia de garantir Estado de direito, rule of law, autonomia das institui��es de controle e de investiga��o", destacou.
STF
No pronunciamento, Moro tamb�m negou que tenha aceitado largar a carreira na magistratura, em 2018, para assumir o Minist�rio da Justi�a em troca de uma posterior indica��o ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Na ocasi�o, foi dado equivocadamente que teria sido colocada como condi��o para eu assumir uma nomea��o ao Supremo Tribunal Federal. Nunca houve isso, at� porque n�o seria o caso de eu assumir um cargo de ministro da Justi�a pensando em outro", afirmou.
Moro diz que colocou uma condi��o a Bolsonaro para que assumisse o cargo. "Se algo me acontecesse, uma pens�o para a minha fam�lia." Ao concluir a sua fala, Moro afirmou que "estar� � disposi��o do Pa�s para ajudar no que quer que seja".