
"Sem a menor d�vida � o caso de pedir o impeachment dele. Essa revela��o do Moro hoje mostra que o presidente n�o conhece a esfera da Pol�cia Federal. Eu fui ministro da Justi�a � nunca interferi em um inqu�rito. Ele querer ter acesso e acompanhar os inqu�ritos � uma afronta ao Poder Judici�rio", disse o jurista.
Reale afirmou, por�m, que dessa vez que n�o pretende apresentar um pedido de impedimento. "Eu j� recebi solicita��o de A � Z, mas n�o pretendo apresentar nenhum pedido". Para o ex-ministro, o presidente da Rep�blica apresenta uma mistura de "paranoia e insanidade".
"� como um b�bado que um dia cai no meio do sal�o", afirmou.
Ruas
Ap�s o ministro da Justi�a e da Seguran�a P�blica, Sergio Moro, declarar hoje que deixa o cargo ap�s o presidente ter exonerado o diretor-geral da PF (Pol�cia Federal) Maur�cio Leite Valeixo, os grupos que foram �s ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015 agora avaliam encampar um movimento pelo impedimento do presidente.
"O MBL avalia pedir o impeachment de Bolsonaro. As declara��es do Moro configuram crime de falsidade ideol�gica e a demiss�o de Valeixo foi obstru��o de justi�a", disse Renato Battista, coordenador nacional do movimento.
O ativista disse, ainda, que se arrependeu de ter votado em Bolsonaro no segundo turno das elei��es presidenciais. "Hoje eu anularia", afirmou. O MBL convocou um panela�o para o pronunciamento do presidente na tarde dessa sexta-feira.
Fundador do grupo Vem Pra Rua, Rog�rio Chequer disse que o grupo defende que se siga o mesmo caminho de Dilma Rousseff (PT). "A press�o popular pelo impeachment � crescente", disse. O ativista afirmou, ainda, que � dif�cil comparar os casos de Dilma e Bolsonaro. Perguntado se estava arrependido de ter votado no presidente no segundo turno respondeu: "N�o me arrependo porque jamais votaria no PT".
Ao anunciar sua demiss�o, Moro disse que a mudan�a na PF como foi feita � uma interfer�ncia pol�tica do presidente e que o presidente teme inqu�ritos que est�o sendo avaliados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Os grupos bolsonaristas silenciaram em primeiro momento, mas reservadamente at� aliados pr�ximos do Pal�cio do Planalto reconhecem que houve uma debandada de apoiadores nas redes sociais e que a sa�da de Moro causou uma crise sem precedentes.