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Estado de Minas POL�TICA

'N�o v�o botar no meu colo essa conta', diz Bolsonaro sobre mortes pela covid-19


postado em 29/04/2020 14:58

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 29, que o governo federal fez "tudo que � poss�vel ser feito" para conter a crise causada pela pandemia do coronav�rus e que n�o pode ser responsabilizado pelas mais de 5 mil mortes no Pa�s. "N�o v�o botar no meu colo uma conta que n�o � minha", afirmou ao presidente ao deixar o Pal�cio da Alvorada. Segundo o presidente, governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social � que devem ser cobrados.

"A imprensa tem que perguntar para o (Jo�o) Doria por que mais pessoas est�o perdendo a vida em S�o Paulo", disse Bolsonaro, destacando que o governo federal fez sua parte ao liberar recursos para a Sa�de e destinar um benef�cio de R$ 600 a trabalhadores informais. "N�o adianta a imprensa querer colocar na minha conta essas quest�es que n�o cabe a mim", disse. "O Supremo (Tribunal Federal) decidiu que quem decide essas quest�es (sobre restri��o) s�o governadores e prefeitos."

As medidas de isolamento social para conter a pandemia de coronav�rus e evitar a sobrecarga do servi�o de sa�de s�o recomendadas pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) e foram adotadas em diversos pa�ses.

Na posse de Nelson Teich com ministro da Sa�de, em 17 de abril, Bolsonaro disse que sabia dos riscos de defender a abertura do com�rcio. "Essa briga de come�ar a abrir para o com�rcio � um risco que eu corro. Se agravar (a doen�a) vem ao meu colo. Agora, o que acredito, que muita gente est� tendo consci�ncia que tem de abrir", afirmou na ocasi�o.

Nesta quarta, rodeado por parlamentares do PSL, com os quais se reuniu mais cedo, o presidente acusou a imprensa de "mentir" ao dar destaque a uma declara��o dele na v�spera, quando respondeu com um "e da�?" ao ser questionado sobre o n�mero de mortes pela covid-19 no Pa�s. Ontem o Brasil ultrapassou a quantidade registrada na China, onde a doen�a surgiu.

"E da�? Lamento. Quer que eu fa�a o qu�? Eu sou Messias, mas n�o fa�o milagre", respondeu o presidente ao ser questionado na noite de ontem sobre os n�meros. A mesma ironia em refer�ncia ao seu nome j� havia sido feita em setembro de 2018, quando o Museu Nacional, no Rio, foi destru�do por um inc�ndio. "J� est� feito, j� pegou fogo, quer que fa�a o qu�? O meu nome � Messias, mas eu n�o tenho como fazer milagre", disse na ocasi�o, ainda durante a campanha eleitoral. O nome completo do presidente � Jair Messias Bolsonaro.

Nesta ter�a, 28, ap�s questionar e ser informado que as TVs estavam gravando a declara��o, Bolsonaro lamentou as mortes e disse que se solidarizava com as pessoas que perderam familiares por conta da doen�a. "� a vida. Amanh� vou eu", completou.

Hoje, ele afirmou que suas declara��es de ontem foram tiradas do contexto. "Voc� mentiu", disse a um jornalista que o questionou se ele negava o que havia dito ontem. "Lamento as mortes profundamente. Sabia que iam acontecer. Mas eu desde o come�o me preocupei com vida e emprego, porque desemprego tamb�m mata. Ent�o, essa conta, tem que ser perguntada para os governadores", afirmou Bolsonaro.

O presidente ainda disse que foi "achincalhado" nas vezes que citou a preocupa��o com a economia, mas que a "segundo onda" do desemprego provocar� uma "recess�o grav�ssima".

"O que estou fazendo � sugerir ao Minist�rio da Sa�de medidas para a gente voltar rapidamente, t�? Com responsabilidade, (voltar) a uma normalidade. Como disse um parlamentar aqui, os pa�ses que adotaram o isolamento horizontal foi onde mais faleceram gente", disse.

Decreto aumentou lista de atividades essenciais

Nesta quarta-feira, Bolsonaro ampliou a lista de servi�os essenciais que podem funcionar durante o per�odo de enfrentamento do novo coronav�rus no Pa�s. Cr�tico das medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos, o presidente defende afrouxar as regras e permitir que a popula��o fora dos grupos de risco da doen�a - idosos e pessoas com doen�as cr�nicas - voltem ao trabalho.

Decreto publicado no Di�rio Oficial da Uni�o desta quarta-feira, 29, inclui na rol de servi�os essenciais atividades relacionadas a alimenta��o, atendimento banc�rio, mec�nica automotiva, transporte e armazenamento de cargas, al�m daqueles exercidos por empresas startups.

A maior parte destas atividades j� estava liberada a funcionar em alguns Estados mesmo durante a quarentena, por determina��o de governadores e prefeitos. O funcionamento de oficinas mec�nicas e de lanchonetes e restaurantes na beira de estradas, por exemplo, era uma reivindica��o de caminhoneiros, que j� havia sido atendida em S�o Paulo.

Ao incluir estas atividades na lista de servi�os essenciais, Bolsonaro impede que eventualmente sejam atingidas por ordens locais de fechamento.


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