
As declara��es do presidente da Rep�blica ocorreram em uma manifesta��o, realizada em frente o Pal�cio do Planalto, que pedia o fechamento do Supremo e do Congresso.O ministro Barroso destacou que n�o existe, no momento, interfer�ncia de um poder da Rep�blica em outro. Mas defendeu que os agressores de jornalistas do Estado de S�o Paulo, que foram atacados a chutes e empurr�es durante o ato, sejam identificados e condenados pelo que fizeram. "Manifestantes apoiavam o governo, e muitos criticavam o Congresso. E alguns pediam, inclusive o fechamento do Congresso e do Supremo. Eu devo dizer que eu considero estas manifesta��es um exerc�cio da liberdade de express�o dentro de uma democracia... Nesta manifesta��o houve agress�es a jornalistas. Ai a quest�o muda de figura. Ai n�o s�o mais manifestantes, s�o criminosos. Criminosos comuns que devem responder a processo criminal e serem condenados por les�o corporal", disse.
O magistrado demonstrou preocupa��o com o discurso de Jair Bolsonaro em rela��o as For�as Armadas, e declarou que s�o institui��es de Estado, e n�o de governo. "A mim, pessoalmente, s� me preocupou uma coisa. A invoca��o de que as For�as Armadas apoiavam o governo. E ai eu acho que esse � um fato que tr�s algum grau de preocupa��o. As For�as Armadas s�o institui��es do Estado, subordinadas � Constitui��o, e portanto, n�o est�o dentro de governo, n�o est�o vinculadas a governo algum. Portanto, n�o se deve lan�ar as For�as Armadas no varejo da pol�tica. Isso foi o que aconteceu na Venezuela, com os resultados que n�s verificamos", acrescentou.
"Eu fui professor da Escola de Estado Maior do Ex�rcito por muitos anos, desde a d�cada de 90. E sou testemunha da dedica��o, do patriotismo e dos compromissos do Brasil dentro das For�as Armadas. Eu sou de uma gera��o que se op�s ao regime militar, devo dizer que passei a admir�-los por esse compromisso com o Brasil e n�o com qualquer governo. Eu duvido que as For�as Armadas se prestem a esse papel de ingressar no varejo pol�tico, no debate pol�tico ordin�rio", completou Barroso.