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Estado de Minas POL�TICA

Moro cita ministros como testemunhas de acusa��o contra Bolsonaro

O ex-ministro e ex-juiz S�rgio Moro disse em depoimento � Pol�cia Federal que colegas ouviram Bolsonaro pressionando para mudan�as na PF


postado em 04/05/2020 12:05 / atualizado em 04/05/2020 12:43

(foto: Flickr)
(foto: Flickr)

No depoimento que prestou s�bado na Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba, o ex-titular do Minist�rio da Justi�a e da Seguran�a P�blica S�rgio Moro citou nomes de ministros do atual governo para refor�ar suas acusa��es contra o presidente Jair Bolsonaro.

Moro teve o cuidado de n�o implicar os ex-colegas de Esplanada em situa��es ilegais. Os ministros estavam presentes em reuni�es do ex-juiz com o presidente e foram mencionados apenas como eventuais testemunhas de falas ditas por Bolsonaro nos encontros.

Durante a oitiva, peritos da Pol�cia Federal extra�ram do celular de Moro mensagens trocadas com o presidente, incluindo as que foram deletadas para aumentar o espa�o de armazenamento do aparelho. O depoimento de Moro na sede da PF na capital paranaense durou mais de oito horas.

Uma varredura completa foi realizada no celular de Moro e localizou �udios de conversas do ex-ministro com Bolsonaro. Os peritos tamb�m copiaram mensagens trocadas por Moro com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), algumas delas que tamb�m haviam sido deletadas para liberar espa�o de armazenamento, mas que permanecem na mem�ria do aparelho.

O pr�ximo passo � a elabora��o de um laudo no Instituto Nacional de Criminal�stica sobre as conversas e os �udios.
Moro desmentiu acusa��es de apoiadores e militantes bolsonaristas de que gravou o presidente por mais de um ano.

Perante a Pol�cia Federal, disse que isso � "absolutamente mentira" e que jamais gravou di�logos com Bolsonaro.

Conversas


O depoimento de Moro, que come�ou por volta das 14h de s�bado, s� terminou perto da 23h. O inqu�rito investiga suas acusa��es de tentativas de interfer�ncia pol�tica de Bolsonaro na chefia da corpora��o. O Planalto se preocupa com o andamento de inqu�ritos que apuram esquemas de divulga��o de "fake news" e financiamento de atos antidemocr�ticos realizados em abril, em Bras�lia.

Uma das conversas obtidas pela per�cia foi a divulgada por S�rgio Moro na qual Bolsonaro o encaminha uma not�cia sobre inqu�rito do Supremo Tribunal Federal mirar aliados pol�ticos do Planalto. "Mais um motivo para a troca", escreveu o presidente na mensagem.

O ex-juiz tamb�m exibiu conversa com Zambelli, em que ela pede para Moro aceitar uma vaga do Supremo em troca da mudan�a na chefia da PF. "V� em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB (Jair Bolsonaro) prometer." Moro respondeu que "n�o estava a venda".

Moro prestou depoimento acompanhado de um advogado. O inqu�rito aberto pelo ministro do Supremo Celso de Mello, a pedido do procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, mira tanto o presidente quanto Moro. O ex-ministro � investigado por suposta denuncia��o caluniosa e crime contra a honra.

Ao anunciar sua demiss�o, Moro acusou Bolsonaro de buscar "uma pessoa do contato pessoal" para "colher informa��es" como relat�rios de intelig�ncia da PF.

"O presidente me disse que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse colher informa��es, relat�rios de intelig�ncia, seja diretor, superintendente, e realmente n�o � o papel da Pol�cia Federal prestar esse tipo de informa��o. As investiga��es t�m de ser preservadas. Imagina se na Lava Jato um ministro ou ent�o a presidente Dilma ou o ex-presidente (Lula) ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informa��es", disse Moro, ao comentar as press�es de Bolsonaro para a troca no comando da PF.

No mesmo dia que Moro pediu demiss�o, Bolsonaro fez um pronunciamento para rebater as acusa��es do ex-ministro e afirmar que tem a prerrogativa de substituir o comando da PF.

O presidente tamb�m acusou o ex-ministro de dizer a ele que aceitaria a substitui��o do diretor-geral da corpora��o desde que fosse indicado para uma vaga de ministro do Supremo. Declara��o negada pelo ex-ministro da Justi�a.


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