O copresidente do Conselho de Administra��o do Ita� Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que em pa�ses democr�ticos as futuras elei��es ser�o muito mais dif�ceis. O momento atual �, conforme ele, � desafiador para quem est� no governo diante do cen�rio de "recess�o brutal" na economia, perda de empregos e quebra de empresas em meio aos impactos econ�micos da pandemia do novo coronav�rus.
"� natural que a insatisfa��o seja muito grande e isso torna a vida dos pol�ticos muito mais dif�ceis. Mudan�as vir�o por a�", avaliou Setubal, durante Live do banco, na manh� desta quinta-feira, 7. "S�o necess�rias, tem de ajustar, renovar, buscar novos caminhos", acrescentou.
Na vis�o de Setubal, a crise vai deixar "consequ�ncias grandes".
Segundo ele, a sociedade vai passar por uma forte mudan�a e o Pa�s n�o vai voltar a ser o que era tanto do ponto de vista social, quanto econ�mico e pol�tico. "� dif�cil dizer o que vai acontecer porque nunca vivemos algo semelhante, mas que ter� impactos muito profundos. Isso eu n�o tenho d�vida", avaliou, mencionando ainda mudan�as no comportamento de consumo e no trabalho home office at� mesmo no banco.
Na economia, ele disse que a retomada ser� devagar com alguns segmentos muito atingidos como, por exemplo, o a�reo e de bares e restaurantes. Mas que, ainda assim, haver� empresas e atividades vencedoras. "� preciso aceitar esse ajuste. N�o d� para salvar todo mundo. A economia ter� de se adaptar � nova demanda", acrescentou.
Ainda que a vida volte ao normal, na sua vis�o, a quantidade de voos ser� menor, reuni�es internacionais poder�o ser feitas de forma online e os restaurantes n�o v�o lotar assim que abrirem as portas novamente. "Quando � que vamos ter de novo um est�dio de futebol cheio? Quanto teremos de novo um show do U2 lotado? Tudo isso vai demorar. Temos visto os artistas fazendo shows por Live no mundo inteiro. S�o mudan�as sociais que v�m para ficar", detalhou.
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