Novo chefe da PF diz que 'crime n�o retrocede' e que vai combater a corrup��o

O novo diretor-geral da Pol�cia Federal, Rolando Alexandre de Souza, enviou mensagem pela intranet da corpora��o nesta sexta-feira, 8, destacando que "n�o h� par�metros para dimensionar as dificuldades" que ele e seus pares v�o enfrentar tendo em vista a pandemia do novo coronav�rus e alertando que o "crime n�o retrocede e nem recrudesce", se "aproveitando das circunst�ncias para perpetrar injusti�as".

O texto � compartilhado ap�s investida do governo Bolsonaro envolvendo seu primeiro escolhido para o comando da corpora��o Alexandre Ramagem.

"Combater o crime, nos seus mais variados modais, como corrup��o, tr�fico de drogas e armas, crimes ambientais, previdenci�rios e tantos outros, ser� miss�o di�ria e que buscaremos incansavelmente", afirmou o delegado. "A Pol�cia Federal � um corpo �nico e com grande consci�ncia institucional. Conto com todos voc�s. Somos fortes na linha avan�ada", destacou em outro trecho do texto.

A mensagem de Rolando circula entre seus pares um dia ap�s a Advocacia-geral da Uni�o (AGU) pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que reconsidere a decis�o liminar que suspendeu a nomea��o e posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Pol�cia Federal.

Documento assinado pelo advogado da Uni�o Jos� Affonso de Albuquerque Netto juntando nesta quinta-feira aos autos do processo que resultou na suspens�o da nomea��o de Ramagem registra que o pedido se d� "a fim de que o ato possa ser validamente renovado" pelo presidente Jair Bolsonaro.

A insist�ncia de Bolsonaro por Ramagem, seu amigo e de seus filhos, provoca mal-estar e desconfian�a na corpora��o. Afinal, ele nomeou Rolando Alexandre, mas n�o abre m�o do barrado por Alexandre de Moraes. Delegados ouvidos pela reportagem ponderam que a nova c�pula da institui��o pode ficar insegura para iniciar sua gest�o, vez que o presidente insiste no aliado que o acompanha desde que foi eleito.