
Al�m de Heleno, Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, ser�o ouvidos no inqu�rito que apura as acusa��es do ex-ministro da Justi�a Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF.
"Tudo tem sua hora", escreveu Heleno, no domingo, 10, ao responder um seguidor do Twitter que o interpelou sobre o tom usado pelo decano no despacho que ordenou os depoimentos. "Ministro, o senhor n�o ir� dar uma resposta � altura em Celso de Mello na quest�o de que se precisar buscar� voc�s na vara? Estamos revoltados com isso."
Os depoimentos ser�o tomados nesta ter�a-feira �s 15h no Pal�cio do Planalto. Os tr�s ministros, citados por Moro como testemunhas de que sofria press�o do presidente, ser�o ouvidos simultaneamente. O local e o hor�rio foram definidos pela PF com os ministros, conforme o artigo 221 do C�digo Penal, que estipula este benef�cio para autoridades do Executivo, Legislativo e Judici�rio.
A equipe de generais que auxilia Bolsonaro avaliou que, embora os termos usados pelo ministro da Corte sejam jur�dicos, a reda��o do texto foi "desrespeitosa" e "desnecess�ria" na refer�ncia a eles. Oficiais da ativa e da reserva de fora do governo fizeram coro e disseram que se sentiram atingidos e tratados como "bandidos".
Em seu depoimento, o ex-ministro Moro citou os tr�s ministros militares como testemunhas, mas destacou que o chefe do GSI ponderou como o presidente Bolsonaro que o tipo de relat�rio de intelig�ncia requisitado por ele n�o poderia ser fornecido. A interven��o, segundo o ex-juiz da Lava Jato, ocorreu na reuni�o de ministros no dia 22 de abril.
O v�deo do encontro foi requisitado por Celso de Mello e deve ser exibido tamb�m nesta ter�a-feira. A Procuradoria-Geral da Rep�blica, a PF e Moro foram autorizados a ter acesso � grava��o. Antes de entregar o v�deo ao STF, a Advocacia-Geral da Uni�o tentou impor sigilo ao conte�do, alegando "assuntos potencialmente sens�veis de Estado."
A reuni�o, ocorrida no Planalto dois dias antes da demiss�o do ex-ministro da Justi�a, teve palavr�es, briga de ministros, men��es � distribui��o de cargos ao Centr�o e at� cr�tica ao STF.
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