
Na noite de quinta, 30, o decano determinou a realiza��o da oitiva em at� cinco dias, atendendo raz�es de urg�ncias apresentadas por tr�s parlamentares. Nesta sexta, Moro afirmou, em entrevista � revista Veja, que entregaria provas de acusa��es de interfer�ncia pol�tica do Planalto na Pol�cia Federal em momento oportuno.
Com a designa��o autorizada por Celso de Mello, acompanhar�o o depoimento do ex-juiz os procuradores Jo�o Paulo Lordelo Guimar�es Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita. O trio tamb�m ficar� respons�vel por acompanhar os demais atos e dilig�ncias a serem praticados no inqu�rito.
A investiga��o foi aberta para apurar as declara��es de Moro contra Bolsonaro - tanto o presidente quanto Moro aparecem formalmente como investigados no caso. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, al�m de troca de mensagens, o ex-ministro da Justi�a possui �udios que devem ser entregues aos investigadores.
Conforme o pedido feito pelo procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, o objetivo do inqu�rito � analisar se foram cometidos os crimes de falsidade ideol�gica, coa��o no curso do processo, advocacia administrativa, prevarica��o, obstru��o de Justi�a, corrup��o passiva privilegiada, denuncia��o caluniosa e crime contra a honra.
Ao autorizar na �ltima segunda-feira, 27, a abertura do inqu�rito, em uma decis�o de 17 p�ginas, o decano observou que o presidente da Rep�blica tamb�m � s�dito das leis, apesar de ocupar uma posi��o hegem�nica na estrutura pol�tica brasileira, ainda mais acentuada pela expressividade das elevadas fun��es de Estado que exerce.
"O presidente da Rep�blica - que tamb�m � s�dito das leis, como qualquer outro cidad�o deste Pa�s - n�o se exonera da responsabilidade penal emergente dos atos que tenha praticado, pois ningu�m, nem mesmo o Chefe do Poder Executivo da Uni�o, est� acima da autoridade da Constitui��o e das leis da Rep�blica", frisou Celso de Mello.