
"J� tentei trocar gente da seguran�a nossa no Rio de Janeiro oficialmente e n�o consegui. Isso acabou. Eu n�o vou esperar f... minha fam�lia toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu n�o posso trocar algu�m da seguran�a na ponta da linha que pertence � estrutura. Vai trocar; se n�o puder trocar, troca o chefe dele; n�o pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. N�o estamos aqui para brincadeira", disse Bolsonaro na reuni�o, conforme transcri��o encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia-Geral da Uni�o (AGU).
A reuni�o com o ex-ministro Sergio Moro e outros auxiliares � uma pe�a-chave no inqu�rito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura se Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF. A Advocacia-Geral da Uni�o, que defende o presidente no caso, � contra a divulga��o da �ntegra das discuss�es ocorridas no encontro. A decis�o final pelo levantamento do sigilo ser� tomada pelo ministro Celso de Mello na pr�xima semana.
Segundo relatos de pessoas que assistiram ao v�deo, o presidente chamou a superintend�ncia da Pol�cia Federal no Rio de "seguran�a no Rio". Bolsonaro alega, por outro lado, que se referia � sua seguran�a pessoal, que � feita pelo Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI).
No entanto, em 26 de mar�o, quase um m�s antes da reuni�o de abril, o general Andr� Laranja S� Correa - ent�o diretor do Departamento de Seguran�a Presidencial do GSI - foi promovido por Bolsonaro para exercer o cargo de Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada.
A dire��o do Departamento de Seguran�a Presidencial acabou ficando com o ent�o adjunto, Gustavo Suarez, promovido ao cargo titular da reparti��o. Entre as atribui��es do departamento est�o "zelar pela seguran�a pessoal do presidente da Rep�blica, do vice-presidente da Rep�blica e de seus familiares".
Uma terceira troca envolvendo a seguran�a pessoal do presidente ocorreu no Rio de Janeiro. Uma portaria de 28 de fevereiro, dois meses antes da reuni�o ministerial de abril, colocou o tenente coronel Rodrigo Garcia Otto para exercer a fun��o de chefe no escrit�rio de representa��o no Rio de Janeiro da Secretaria de Seguran�a e Coordena��o Presidencial do GSI. Essas tr�s trocas mostram que o presidente n�o enfrentou problemas para fazer mudan�as na �rea.
A reportagem procurou a assessoria da Presid�ncia da Rep�blica e o GSI, que ainda n�o se manifestaram. O espa�o est� aberto para manifesta��es.