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Estado de Minas POL�TICA

Ap�s sa�da de Teich, governadores cobram apoio � ci�ncia

Mesmo ante a pandemia do novo coronav�rus, governo Bolsonaro ter� o terceiro ministro da Sa�de diferente em menos de um m�s


postado em 16/05/2020 09:53 / atualizado em 16/05/2020 10:52

Substituto de Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich chefiou a saúde federal por menos de um mês..(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Substituto de Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich chefiou a sa�de federal por menos de um m�s.. (foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil)
A demiss�o do ministro da Sa�de, Nelson Teich, gerou cr�ticas de governadores e de pol�ticos aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Chefes de Executivos estaduais afirmaram esperar que o terceiro titular da pasta durante a pandemia do novo coronav�rus siga recomenda��es dos cientistas e autoridades sanit�rias. L�deres do Centr�o, que se aproximaram do Planalto em troca de cargos, tamb�m reclamaram da troca. Alguns deles j� colocam em d�vida a manuten��o do apoio a Bolsonaro. O antecessor de Teich, Luiz Henrique Mandetta, declarou que Brasil viveu "um m�s perdido" no combate � COVID-19.

O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), fez cr�tica ao presidente durante coletiva de imprensa. "Lamento que essa troca tenha sido feita e espero que o sucessor do ministro continue seguindo a orienta��o da medicina e da sa�de, e que n�o incorra no grave erro de seguir orienta��es ideol�gicas partid�rias, pessoais ou familiares", disse Doria. "Lamento a perda do ministro Teich, como lamentei aqui a perda tamb�m do ministro Mandetta, que tamb�m pagou com seu cargo por defender o seu compromisso com a ci�ncia com a sa�de e com a vida dos brasileiros", declarou o tucano.

O governador do Rio Wilson Wiltzel (PSC) se manifestou em sua conta no Twitter. "Presidente Bolsonaro, ningu�m vai conseguir fazer um trabalho s�rio com sua interfer�ncia nos minist�rios e na Pol�cia Federal. � por isso que governadores e prefeitos precisam conduzir a crise da pandemia e n�o o senhor, presidente", escreveu o governador. Witzel havia se reunido com Teich na semana passada, no Rio, quando o ministro foi ao Estado para visitar unidades de Sa�de dos �mbitos municipal, estadual e federal.

O governador do Esp�rito Santo, Renato Casagrande (PSB), cobrou autonomia do Minist�rio da Sa�de no enfrentamento � pandemia. "Ou o PR (presidente da Rep�blica) deixa o minist�rio agir, segundo as orienta��es da OMS, ou vamos perder cada vez mais brasileiros", escreveu. J� o governador da Bahia, Rui Costa (PT) declarou ser "inaceit�vel" o Pa�s ter dois ministros da Sa�de demitidos em plena pandemia.

Um dos l�deres do Centr�o, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP) criticou o que chamou de "impulsos" de Bolsonaro na condu��o da crise. Representantes do grupo j� afirmam, nos bastidores, que ser� muito dif�cil apoiar Bolsonaro em meio � queda de popularidade.

Aliados

"Saiu quem n�o tinha entrado. Nesta sexta, o ministro da Sa�de, Nelson Teich, pediu exonera��o do cargo, mas, n�o sei se algu�m percebeu, j� n�o fazia diferen�a", disse Paulinho da For�a, como � conhecido o deputado. Ap�s afirmar que Teich era constantemente desautorizado por Bolsonaro, Paulinho partiu para o ataque ao chefe do Executivo. "Duvido que algu�m consiga fazer o presidente aprender com a ci�ncia e perceber que reduzir o isolamento social � colocar mais brasileiros na fila de espera por uma vaga na UTI. Vai ser dif�cil encontrar um ministro que seja capaz de lidar, ao mesmo tempo, com a crise sanit�ria e com os impulsos de Jair Bolsonaro."

A avalia��o � compartilhada por outros partidos que integram o Centr�o. "Diante das imposi��es do presidente, s� topar� ser ministro da Sa�de quem n�o tiver compromisso com a ci�ncia e nem com a medicina. O pedido de demiss�o do ministro demonstrou que ele tem", afirmou o deputado Marcelo Ramos (PL-AM). O bloco parlamentar vem negociando cargos em troca de apoio ao governo.

Uma hora depois da demiss�o de Teich, levantamento da empresa AP Exata mostrou que a rejei��o a Bolsonaro nas redes sociais chegou a 65% - um aumento de 11 pontos em rela��o ao per�odo anterior a esse cen�rio. O presidente vem perdendo apoio nas m�dias digitais desde o in�cio do ano, mas enfrentou os piores momentos recentemente, com as sa�das de S�rgio Moro, ex-titular da Justi�a, e de Luiz Henrique Mandetta, que comandava o Minist�rio da Sa�de antes de Teich.

Antecessor

Mandetta classificou a nova baixa na pasta como uma perda de tempo prejudicial ao Pa�s durante a pandemia de COVID-19. "A �nica coisa que sei � que foi um m�s perdido, jogado na lata do lixo", disse ao Estad�o. A exemplo de Mandetta, Teich deixou o governo ap�s confrontos com o presidente Jair Bolsonaro sobre a melhor estrat�gia de combate � pandemia do novo coronav�rus.

Para o ex-ministro, que ocupou o cargo de janeiro do ano passado at� abril deste ano, ainda n�o � poss�vel fazer um progn�stico sobre como ficar� o combate � doen�a, que matou quase 14 mil pessoas no Pa�s at� agora. Quando Mandetta foi demitido, o n�mero de �bitos era de 1.736.

"N�o d� para falar nada. N�o sei quem vai ser o novo ministro. O momento � de ora��o. Gostaria de dizer para voc� que estou rezando um ter�o agora", afirmou o ex-ministro.

Mais cedo, logo ap�s a not�cia da demiss�o de Teich, Mandetta foi ao Twitter desejar "for�a" ao Sistema �nico de Sa�de (SUS). Teich, que � m�dico oncologista, participou como consultor da �rea de sa�de da campanha de Bolsonaro e foi indicado ao cargo por associa��es m�dicas e pelo secret�rio de Comunica��o, F�bio Wajngarten. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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