
O juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de S�o Paulo, aceitou a den�ncia oferecida pelo Minist�rio P�blico Eleitoral contra o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (MDB), por R$ 5,1 milh�es em propinas e caixa dois da Odebrecht, durante a campanha de 2014, ao governo do Estado. O magistrado considerou que a pe�a acusat�ria demonstra a presen�a de ind�cios suficientes de materialidade e autoria com rela��o � falsidade ideol�gica eleitoral, � corrup��o passiva e � lavagem de dinheiro na investiga��o para autorizar o in�cio da a��o penal.
Ao abrir a a��o, Vargas apontou que diversos elementos juntados aos autos - depoimentos de delatores, documentos de corrobora��o, como planilhas, e-mails e contratos, al�m de laudos periciais produzidos no curso do inqu�rito - constituem um "conjunto de ind�cios, por ora, capaz de refor�ar a convic��o sobre o envolvimento dos denunciados no complexo esquema de pagamento de propina, omiss�o de dados � Justi�a Eleitoral e lavagem de capitais, supostamente erigido para dissimular os fins il�citos dos grupos pol�ticos e empresariais apontados".
O magistrado ressalva que "a an�lise mais detida das teses acusat�rias demanda a forma��o completa da rela��o jur�dico processual, com a cita��o dos acusados e apresenta��o de respostas � acusa��o".
A den�ncia apresentada pelos promotores da 1ª Zona Eleitoral de S�o Paulo, F�bio Ramazzini Bechara, Everton Luiz Zanella, Luiz Ambra Neto e Jo�o Santa Terra J�nior conta com a dela��o da Odebrecht e ainda diversas conversas entre agentes da Transnacional, respons�vel pela entrega do dinheiro, e tamb�m do doleiro �lvaro Novis. S�o mensagens internas em que os funcion�rios da corretora e da transportadora conversavam sobre senhas, datas, endere�os, e codinomes, nomes dos intermedi�rios da propina, e at� mesmo seus celulares telefones.
Os pagamentos a Skaf, segundo a empreiteira, teriam sido feitos sob os codinomes "Kibe" e "Tabule". Em uma das entregas registradas pela empreiteira, e pela transportadora, no dia 21 de agosto de 2014, teria sido na Avenida Ibirapuera, 2927, onde fica o Hotel Bourbon.
Defesa diz que acusa��o � infundada
"A defesa de Paulo Skaf, uma vez mais, afirma o car�ter completamente infundado da acusa��o que lhe foi dirigida pelo Minist�rio P�blico Eleitoral. A defesa informa que est� � disposi��o da Justi�a e que todas as doa��es recebidas pela campanha de Skaf ao governo de S�o Paulo em 2014 est�o devidamente registradas na Justi�a Eleitoral, que aprovou sua presta��o de contas sem qualquer reparo de m�rito.
Paulo Skaf reitera que ele nunca pediu e nem autorizou ningu�m a pedir qualquer contribui��o de campanha que n�o as regularmente declaradas. Salienta, uma vez mais, a absoluta confian�a no Poder Judici�rio, o qual restabelecer� a verdade neste caso a defesa de Paulo Skaf ressalta que a admissibilidade acerca da den�ncia � provis�ria e superficial, mera formalidade procedimental, apta somente a determinar a cita��o, conforme destacado pelo pr�prio magistrado em sua decis�o: 'A an�lise mais detida das teses acusat�rias demanda a forma��o completa da rela��o jur�dico processual, com a cita��o dos acusados e apresenta��o de respostas � acusa��o, sob pena de se incorrer em insan�vel aferi��o antecipada de m�rito'. Ou seja, apenas ap�s a manifesta��o inicial de todos � que poder� o juiz avaliar a viabilidade definitiva da den�ncia e, a� sim, decidir pela instaura��o ou n�o da a��o penal.