Maia faz convite � 'pacifica��o dos esp�ritos' em pronunciamento

Sem citar as crises institucionais do Executivo ou mesmo chefes de outros Poderes, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um pronunciamento nesta ter�a-feira, 26, convocando a "pacifica��o dos esp�ritos", a preserva��o da democracia e a luta contra o coronav�rus.

"Fa�o desse momento um convite � pacifica��o dos esp�ritos, vigilantes, e desarmados de preconceitos de qualquer ordem, temos que trabalhar pelo Brasil", declarou Maia.

O deputado disse ainda que a sociedade espera dos detentores de mandatos consci�ncia neste momento de pandemia. "Consci�ncia do papel a desempenhar na busca de solu��es para enfrentar o v�rus que mata", afirmou. "Espera de n�s maturidade para manter um di�logo construtivo entre as institui��es e para com a sociedade", afirmou.

Aos demais deputados, Maia pediu altivez e equil�brio. "� imprescind�vel cuidar da rela��o harmoniosa e independente entre os Poderes da Rep�blica. � isso o que nos ordena a Constitui��o. A constru��o e a preserva��o da democracia exigem esfor�os di�rios, vigil�ncia intensa e transpar�ncia", disse. Maia vem sendo cobrado por deputados da oposi��o e pelas redes sociais para pautar um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. J� s�o 35 os pedidos em sua mesa.

Maia afirmou ainda manter um di�logo institucional permanente com o Executivo e que nunca desistiu de construir pontes e de destruir muros.

"H� duas semanas estive com o excelent�ssimo senhor presidente da Rep�blica, e para ser fiel � verdade, devo dizer que fui recebido com eleg�ncia e cordialidade, como mandam os ritos", disse. Maia afirmou ainda ver com naturalidade o esfor�o do governo federal para ampliar sua base pol�tica, em uma refer�ncia � aproxima��o do governo com os partidos do Centr�o. "Ao inv�s de ser criticado, esse esfor�o deve ser respeitado. O sistema democr�tico exige a conviv�ncia republicana entre Executivo e Legislativo", disse.

"O nosso grande desafio � derrotar o coronav�rus, vencer a grav�ssima crise social e econ�mica que est� � nossa frente, preservando a nossa democracia. Repito, preservando a nossa democracia", disse.

O deputado classificou o momento atual como grave e tamb�m como um momento de guerra. "O mundo enfrenta a mais grave crise sanit�ria e humanit�ria desde a Segunda Guerra Mundial", disse. Ele se solidarizou com as fam�lias que perderam entes para a covid-19 e tamb�m homenageou os profissionais de sa�de, a quem chamou de her�is.

Ele voltou a falar sobre a crise econ�mica, no esteio da pandemia. "Mas � preciso ter claro: a quarentena, o isolamento social, n�o s�o os culpados por derrubar a economia. quem derruba a economia � o v�rus", disse.