Relator do inqu�rito na corte, o ministro Alexandre de Moraes determinou o depoimento, no prazo de 10 dias, dos deputados Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Cabo Junio Amaral (PSL-SP) e Luiz Phillipe de Orleans e Bragan�a (PSL-SP). O ministro determinou, ainda, que as redes sociais preservem o conte�do de postagens dos parlamentares, para evitar que tudo seja apagado.
"� inaceit�vel que eles exer�am papel de investigadores de crimes pelos quais s�o investigados", argumentou Humberto Costa.
Integrante da CPI, Costa prepara dois requerimentos para vota��o no colegiado. Por enquanto, como n�o h� reuni�es presenciais, os trabalhos da comiss�o est�o paralisados, sem data prevista para retomada das vota��es e interrogat�rios.
Atualmente, nenhum dos seis deputados alvos do STF tem assento na CPI, mas a inten��o do petista � vetar, preventivamente, que eles possam de alguma maneira vir a participar das sess�es futuras.
A tropa de choque bolsonarista tinha cadeiras na CPI, mas perdeu espa�o depois que a deputada Joice Hasselmann (SP), ex-l�der do governo e rompida com Bolsonaro, assumiu a lideran�a do PSL. Joice retirou as vagas de deputados alinhados com o presidente e indicou rivais desse grupo governista no partido.
A ala do PSL que se manteve ligada ao Planalto trava, h� meses, uma disputa para retomar a representa��o da bancada. Nos bastidores, a avalia��o � a de que esse grupo tentar� obter assinaturas novamente para remover Joice do posto, abrindo caminho para voltar � CPI.
Outra manobra mapeada por integrantes da CPI seria algum dos partidos do Centr�o, bloco informal que se aliou ao governo em troca de cargos e verbas federais, ceder suas vagas aos bolsonaristas que est�o na mira do Supremo e defendem o presidente.
Al�m disso, qualquer parlamentar no exerc�cio do mandato pode participar das sess�es de uma CPI e at� interrogar depoentes, embora tenham menos espa�o de fala que os membros da comiss�o e l�deres partid�rios.
Antes da nova alian�a de Bolsonaro com o Centr�o, a base governista sofreu uma s�rie de derrotas na CPI. Em abril, o Pal�cio do Planalto tentou uma manobra para impedir o prosseguimento das investiga��es, mas n�o conseguiu convencer parlamentares a retirarem o apoio � comiss�o.
Em quebras de sigilo, a comiss�o identificou militantes bolsonaristas e um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, como autor de postagens ofensivas e suspeitas de crime contra a honra de advers�rios pol�ticos. Eduardo recorreu ao Supremo para tentar engavetar a CPI, mas n�o teve sucesso.
A exemplo do inqu�rito relatado por Alexandre de Moraes no Supremo, a CPI tamb�m mira o financiamento das redes de difama��o montada por aliados do presidente e aprovou a convoca��o para depoimento dos empres�rios Luciano Hang (lojas Havan) e Ot�vio Fakhoury (site Cr�tica Nacional). Ambos foram alvo de busca e apreens�o nesta quarta-feira. Hang teve os sigilos banc�rio e fiscal quebrados.