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Estado de Minas POL�TICA

'Tem de ter algum tipo de di�logo', diz Eduardo Bolsonaro sobre cargos ao Centr�o


postado em 01/06/2020 10:55

Alinhado � ala ideol�gica do governo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho "zero tr�s" do presidente Jair Bolsonaro, justifica as negocia��es de cargos na administra��o federal a partidos do Centr�o pela necessidade de "di�logo". Segundo ele, h� muitos postos ainda ocupados por pessoas indicadas na gest�o de Dilma Rousseff (PT) e, por isso, precisam ser trocadas.

"O presidente n�o elege o Congresso, quem elege s�o as pessoas. E o presidente tem de ter algum tipo de di�logo com quem est� ali. Foi feliz no di�logo que aprovou a reforma da Previd�ncia e hoje em dia ele mant�m di�logos", disse Eduardo, ao conversar com o Estad�o/Broadcast durante a manifesta��o pr�-governo em Bras�lia, neste domingo.

Sob press�o de aliados e ap�s sofrer sucessivas derrotas pol�ticas no ano passado, Bolsonaro passou nos �ltimos meses a distribuir cargos aos partidos do Centr�o em troca de apoio no Congresso, ressuscitando a velha pr�tica do "toma l�, d� c�". O principal objetivo � barrar o avan�o de um eventual pedido de impeachment na C�mara.

Nesta segunda-feira, o governo nomeou Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), para comandar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE), que tem or�amento de R$ 29, 4 bilh�es neste ano. Bolsonaro tamb�m vai entregar o comando do Banco do Nordeste (BNB) para um nome indicado pelo PL, sigla liderada pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensal�o. No lugar do atual presidente do banco, Romildo Rolim, assumir� Alexandre Borges Cabral, que j� foi presidente da Casa da Moeda entre julho de 2016 e junho de 2019 por indica��o de outra legenda do bloco, o PTB.

"A estrutura da Uni�o � gigantesca. Se voc� fosse o presidente teria mais do que 20, 30 nomes, pessoas competentes daquela �rea para botar diante de determinadas empresas p�blicas, estruturas do governo? � dif�cil", disse Eduardo Bolsonaro. "O que eu sei � que tem muita gente ainda que foi indicada desde os tempos de Dilma Rousseff e isso n�o est� de acordo com a proposta vencedora de 2018. Voc� n�o pode ter pessoas em escal�es inferiores trabalhando contra o governo e � preciso identificar e trocar essas pessoas, se puder."

A manifesta��o do domingo, que teve a participa��o de Bolsonaro, se concentrou em cr�ticas ao Supremo Tribunal Federal e ao inqu�rito sobre fake news, que investiga deputados do PSL e tamb�m o "gabinete do �dio", instalado dentro da estrutura do gabinete do presidente da Rep�blica, como revelou o Estad�o em setembro do ano passado.

Manifestantes tamb�m exibiram faixas contra o projeto de lei a ser votado pelo Senado sobre fake news, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). "Vou trabalhar contra. Tentar convencer os deputados para que votem de maneira contr�ria, falar com as pessoas, esclarecer sobre o que trata o projeto para que elas pressionem seus representantes", disse Eduardo Bolsonaro.

A proposta que prev� responsabilizar as empresas, n�o s� os usu�rios, deve ser votado nesta ter�a-feira, 29, pelo Senado. A medida tem o apoio do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas enfrenta resist�ncia das empresas e entre aliados do presidente, foco das investiga��es da Corte.

O filho do presidente disse acreditar que o Centr�o poder� ajudar o governo a barrar a proposta. "Depende da convic��o de cada deputado. Eu acredito que a maioria dos partidos v� deixar a bancada livre, n�o � uma pauta econ�mica", disse. "A gente n�o precisa de um censor, a internet tem de ser livre."

Para Eduardo Bolsonaro, o Estado n�o deve interferir nessa quest�o. "Ser� que eu n�o tenho intelecto suficiente para ter esse discernimento? Eu confio mais em alguns meios de comunica��o, outras pessoas confiam mais em outros. Se for assim, quem tiver mais poder, vai silenciar todas a imprensa que for contra essa pessoa, fazendo com que se instale uma ditadura", disse.

O deputado afirmou tamb�m n�o temer as investiga��es sobre fake news. "Eu estou tranquilo, eu n�o cometi crime nenhum. Eu desafio qualquer pessoa a mostrar a fake news que eu tenha postado que influenciou a elei��o de 2018."


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