PF vai apurar vazamento de dados de Bolsonaro e filhos

O Minist�rio da Justi�a determinou a instaura��o de um inqu�rito para apurar o vazamento de supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros e aliados. O pedido da investiga��o pela Pol�cia Federal (PF) foi confirmado ao Estad�o pelo ministro da Justi�a, Andr� Mendon�a, nesta ter�a-feira, 2.

A divulga��o dos dados ocorreu na noite de segunda, dia 1�, em perfis no Twitter que dizem ser ligados ao grupo hacker Anonymous Brasil. Al�m de Bolsonaro, supostos dados de seus filhos, Carlos, Eduardo e Fl�vio, al�m de integrantes do governo como os ministros Damares Alves e Abraham Weintraub foram expostos. Uma das contas que vazou os dados foi suspensa minutos depois e o site onde estavam armazenadas as informa��es saiu do ar.

A Anonymous atua em outros pa�ses e ressurgiu no �ltimo domingo, 31, ap�s desdobramentos do caso de George Floyd, homem negro assassinado durante uma abordagem policial nos Estados Unidos. A conta que vazou supostos dados de autoridades brasileiras nesta segunda estava sem publicar no Twitter desde outubro de 2018. No �ltimo domingo, anunciou a volta.

O Pal�cio do Planalto e o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) ainda n�o se manifestaram oficialmente sobre o vazamento envolvendo. No entanto, confirmam que os dados s�o mesmo de Bolsonaro, por�m desatualizados.

O filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) confirmou que os dados s�o verdadeiros.

Al�m de Bolsonaro e seus filhos, tiveram os supostos dados vazados o deputado estadual Douglas Garcia, aliado do presidente, os ministros Abraham Weintraub e Damares Alves, e o dono da Havan e tamb�m aliado de Bolsonaro, Luciano Hang. Entre os dados vazados est�o informa��es como e-mails, telefones, endere�os, perfil de cr�dito, renda, nomes de familiares e bens declarados.

Garcia tamb�m j� havia confirmado o vazamento de seus dados pelo grupo.

O Minist�rio da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos n�o confirma a autenticidade dos dados da ministra Damares Alves, mas divulgou nota repudiando "a divulga��o criminosa de dados, em clara viola��o aos direitos fundamentais � intimidade, � vida privada, � honra e � imagem". "A diverg�ncia de ideias jamais deveria ser justificativa para a pr�tica de a��o totalit�ria e antidemocr�tica como esta. Que os respons�veis sejam devidamente identificados e processados, nos termos da lei", diz o texto da pasta.