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Estado de Minas POL�TICA

Banco do Nordeste demite presidente 24 horas ap�s posse


postado em 04/06/2020 07:17

Alexandre Borges Cabral foi demitido nesta quarta-feira da presid�ncia do Banco do Nordeste, 24 horas depois de tomar posse, indicado pelo Centr�o. A decis�o do governo foi tomada ap�s o Estad�o revelar que Cabral � alvo de uma apura��o conduzida pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) sobre suspeitas de irregularidades em contrata��es feitas pela Casa da Moeda durante sua gest�o � frente da estatal, em 2018. O preju�zo � estimado em R$ 2,2 bilh�es.

Cabral tomou posse na ter�a-feira e, no dia seguinte, o conselho de administra��o do banco o destituiu do cargo e nomeou Ant�nio Jorge Pontes Guimar�es J�nior, atual diretor financeiro e de cr�dito, como presidente interino. Ele vai acumular as duas fun��es.

Na nota em que confirmou a sa�da de Cabral, o superintendente respons�vel pelas rela��es com investidores, S�rgio Brito Clark, afirma que o banco tomou conhecimento pela imprensa das investiga��es do TCU do per�odo em que Cabral esteve � frente da Casa da Moeda. "Assim sendo, (o Banco do Nordeste) reitera seu compromisso de transpar�ncia e tempestividade de comunica��o dos fatos aos seus acionistas."

A nomea��o de Camargo para chefiar o BNB foi mais uma indica��o pol�tica do Centr�o - a primeira na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes - em troca de apoio ao governo no Congresso. Bolsonaro buscou a alian�a, que at� ent�o chamava de "velha pol�tica", para tentar evitar um eventual processo de impeachment. A C�mara acumula 30 pedidos. At� ent�o, o presidente n�o tinha base de apoio definida, mesmo assim, conseguiu aprovar no Congresso mat�rias que exigem qu�rum qualificado, como a Reforma da Previd�ncia.

O Estad�o apurou que o bloco de partidos vai indicar o substituto de Cabral e, assim com ele, o nome tamb�m deve apresentado pelo PL, de Valdemar Costa Neto - condenado no mensal�o. A prefer�ncia � por algu�m de carreira do BNB.

Ap�s a exonera��o de Cabral, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, negou que a indica��o tenha sido fruto da articula��o pol�tica da pasta com o Centr�o. Em reposta aos questionamentos feitos pelo Estad�o, afirmou que n�o teve responsabilidade. "Foi uma indica��o feita fora do �mbito da SeGov, n�o estando, portanto dentro do contexto da articula��o pol�tica do governo", disse.

Em outro trecho, a pasta destaca que "tem a responsabilidade de fazer a interlocu��o junto aos minist�rios", mas que nada impede que algum pedido "em car�ter excepcional, possa surgir em algum minist�rio espec�fico." A nota n�o informa de quem partiu a indica��o. Na resposta, a pasta afirma que "as indica��es pol�ticas s�o advindas de partidos aliados que podem ou n�o ser do n�cleo chamado 'Centr�o'".

O Minist�rio da Economia foi procurado, mas n�o informou quem indicou Cabral. O ministro da Casa Civil, general Braga Netto, tamb�m n�o revelou. Os l�deres do Centr�o e do governo no Congresso corroboraram com o mist�rio. Cabral garante que sua indica��o foi "t�cnica" e se deu por causa da sua "experi�ncia exitosa" � frente da Casa da Moeda.

A indica��o de Cabral contraria o pr�prio presidente, que negou na semana passada tratativas para repassar a chefia de bancos p�blicos ao Centr�o. "Em nenhum momento n�s oferecemos ou eles pediram minist�rios, estatais ou bancos oficiais", disse o presidente Jair Bolsonaro, durante transmiss�o nas redes sociais.

Den�ncia

O Estad�o revelou anteontem que auditores do TCU atribuem a Cabral "poss�vel ato de gest�o temer�ria" na presid�ncia da Casa da Moeda e o descrevem como um dos "potenciais respons�veis" por preju�zos em contratos firmados durante sua gest�o.

As supostas irregularidades est�o relacionadas � fraude e direcionamento de licita��es para as empresas Sicpa e Ceptis, que resultaram em contratos destinados � opera��o do Sistema de Controle de Bebidas (Sicobe) e do Sistema de Controle e Rastreamento da Produ��o de Cigarros (Scorpios). Os valores dos pagamentos, somados, superam R$ 11 bilh�es. Como presidente da Casa da Moeda, segundo o relat�rio de fiscaliza��o do TCU, Cabral assinou em 2018 contratos com a Sicpa, sem que fosse exigida comprova��o dos custos do servi�o.

Ao Estad�o, Cabral negou qualquer ilegalidade e disse esperar que o TCU reconhe�a isso. Sobre a contrata��o de empresa investigada, afirmou que ainda n�o houve a declara��o de inidoneidade e, por isso, n�o faria sentido interromper a execu��o do servi�o que j� vinha sendo feita desde gest�es anteriores. Al�m disso, afirmou que a exig�ncia de estudos comparativos para firmar parcerias - que teria sido ignorada de acordo com auditores do TCU - n�o est� prevista na Lei das Estatais. "Tenho 34 anos de funcion�rio de carreira do Banco do Nordeste construindo minha imagem. N�o h� sobrepre�o, n�o h� ilegalidade", disse. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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