(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Parlamentares recorrem ao MPF contra S�rgio Camargo


postado em 04/06/2020 07:25

Um grupo de parlamentares pediu que o Minist�rio P�blico Federal (MPF) instaure inqu�rito para investigar afirma��es do presidente da Funda��o Palmares, S�rgio Camargo, que classificou o movimento negro de "esc�ria maldita". A entidade Educa��o e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) tamb�m apresentou representa��o ao MPF contra Camargo, por crime de racismo.

Os �udios de uma reuni�o a portas fechadas, no dia 30 de abril, foram revelados ontem pelo Estad�o. Os parlamentares consideram que o presidente da autarquia cometeu crime de responsabilidade. Entre os deputados que assinam o documento est�o �urea Carolina (PSOL-MG), Benedita da Silva (PT-RJ), Tal�ria Petrone (PSOL-RJ), Bira do Pindar� (PSB-MA), Dami�o Feliciano (PDT-PB), David Miranda (PSOL-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP).

Para eles, Camargo promove o "desvirtuamento dos objetivos legais" da funda��o que comanda, criada para promover e preservar a cultura negra, o que configura desvio de finalidade, abuso de poder e improbidade administrativa. "N�o podem as institui��es p�blicas permitir que o presidente da funda��o, seguindo o ide�rio bolsonarista de promo��o de �dio e de intoler�ncia, contrarie as normas legais que fundaram e devem orientar a atua��o do gestor p�blico", diz o documento.

Ao Estad�o, Orlando Silva afirmou que � "inaceit�vel ter um racista � frente da Funda��o Palmares". "Ali � lugar de promover pol�ticas para superar o racismo estrutural, n�o fazer proselitismo pol�tico." David Miranda disse que as falas de Camargo demonstram que ele est� "operando para manter o racismo estrutural no Pa�s". "Ele est� fazendo apologia � viol�ncia contra a popula��o negra", afirmou o parlamentar.

At� a conclus�o desta edi��o, o Pal�cio do Planalto n�o tinha se manifestado sobre o caso.

Queixa

No �udio ao qual o Estad�o teve acesso, Camargo tamb�m afirma que n�o vai destinar "um centavo" para terreiros, em refer�ncia aos locais usados por religi�es de matriz africana. Ele tamb�m ofende Adna dos Santos, conhecida como M�e Baiana, ao cham�-la de forma pejorativa de macumbeira. Ontem, ela prestou queixa contra Camargo na Delegacia Especial de Repress�o aos Crimes por Discrimina��o Racial do Distrito Federal.

"Tem gente vazando informa��o aqui para a m�dia, vazando para uma m�e de santo, uma filha da puta de uma macumbeira, uma tal de M�e Baiana, que ficava aqui infernizando a vida de todo mundo", disse Camargo, na reuni�o, numa refer�ncia a Adna dos Santos.

M�e Baiana � uma das lideran�as mais atuantes do candombl� no Distrito Federal e ocupa cargo de coordenadora de Pol�ticas de Promo��o e Prote��o da Diversidade Religiosa da Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial no governo distrital. Ela tamb�m atuou na Funda��o Palmares por cerca de quatro anos.

Ao Estad�o, M�e Baiana afirmou que ficou assustada com as declara��es de Camargo porque n�o o conhece. Ela afirmou que fez Boletim de Ocorr�ncia na delegacia pelo respeito que possui "pela sua comunidade e por sua ancestralidade". Tamb�m defendeu que Camargo precisa respeitar a fun��o, j� que tem como papel promover pol�ticas p�blicas.

J� a Educafro considerou que Camargo incorreu no artigo 20 da Constitui��o que veda "praticar, induzir ou incitar a discrimina��o ou preconceito de ra�a, cor, etnia, religi�o ou proced�ncia nacional".

Em nota divulgada na ter�a-feira, Camargo lamentou o que chamou de "grava��o ilegal" de uma reuni�o interna. Afirmou que a Palmares est� em "sintonia" com o governo Bolsonaro. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)