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Estado de Minas FAKE NEWS

Zambelli diz que est� sendo perseguida e fica em sil�ncio na PF

Deputada foi chamada para prestar esclarecimentos no inqu�rito das fake news, aberto pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para apurar not�cias falsas e ofensas e amea�as a membros da Corte


postado em 04/06/2020 16:33 / atualizado em 04/06/2020 18:00

Há menos de um mês, Carla Zambelli prestou depoimento na PF sobre a troca de mensagens com o ex-ministro Sergio Moro(foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)
H� menos de um m�s, Carla Zambelli prestou depoimento na PF sobre a troca de mensagens com o ex-ministro Sergio Moro (foto: Michel Jesus/C�mara dos Deputados)

Ao deixar a sede da Pol�cia Federal, em Bras�lia, na tarde desta quinta-feira, 4, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que n�o respondeu �s perguntas dos investigadores e que est� sendo a deputada 'mais perseguida'. A parlamentar afirmou que preferiu ficar em sil�ncio, porque sua defesa n�o teve acesso aos autos da investiga��o. "At� o momento, eu n�o tenho nem a informa��o se estou aqui na condi��o de testemunha, na condi��o de investigada, em que condi��o eu estou", disse.

Zambelli foi chamada a prestar esclarecimentos no �mbito do inqu�rito das fake news, aberto em mar�o do ano passado para apurar not�cias falsas, amea�as e ofensas dirigidas a autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. A deputada classificou o inqu�rito como inconstitucional e defendeu ele seja suspenso. Ela disse ainda que as perguntas dos investigadores 'foram feitas sem contextualiza��o de data'.

Ao contr�rio de outros suspeitos intimados pela Justi�a, como o blogueiro Allan dos Santos e a ativista de extrema-direita Sara Winter, que n�o compareceram aos depoimentos, a deputada se apresentou aos policiais. "Estou fazendo quest�o de vir aqui hoje para mostrar que eu n�o tenho nada a esconder", declarou.

A Pol�cia Federal montou um esquema para ouvir os 29 alvos da investiga��o durante esta semana, mas n�o teve sucesso. A maioria deles se recusou a falar alegando que seus advogados n�o tiveram acesso ao teor completo das acusa��es. Em despachos proferidos na sexta, 29, e na segunda, 1º, o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inqu�rito, determinou que as defesas dos investigados agenciassem hor�rios junto a seu gabinete para retirar c�pias do processo, que n�o foi disponibilizado on-line em raz�o do sigilo da investiga��o.

Na semana passada, o inqu�rito fechou o cerco contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Deputados, blogueiros, ativistas e outros bolsonaristas tiveram documentos, celulares e computadores apreendidos pela PF. O Planalto, atrav�s do Ministro da Justi�a, Andr� Mendon�a, enviou ao STF habeas corpus em favor dos aliados. O pedido deve ser analisado pelo Plen�rio da Corte na pr�xima sexta-feira, 12.

Antes disso, na quarta, 10, o Supremo deve analisar outra manifesta��o, esta do Procurador-Geral da Rep�blica, Augusto Aras, pela suspens�o tempor�ria das investiga��es. Desde o in�cio, o inqu�rito sofreu forte oposi��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF), ent�o chefiado por Raquel Dodge, por ter ter sido iniciado de of�cio (sem provoca��o de outro �rg�o) pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli. O caso � at�pico, porque a Justi�a brasileira preserva o princ�pio acusat�rio, ou seja, um �rg�o apresenta a den�ncia e outro julga. No inqu�rito das fake news, contudo, o pr�prio Supremo, que foi alvo dos ataques e not�cias falsas, determinou a abertura das investiga��es e vai julgar os crimes.

Os questionamentos do MPF ao Supremo cessaram ap�s a posse de Augusto Aras. Quando assumiu a chefia do �rg�o, em setembro, o PGR disse que Toffoli, ao determinar a abertura da apura��o, 'exerceu regularmente as atribui��es que lhe foram concedidas' pelo Regimento Interno do STF. Agora, Aras mudou de ideia e se manifestou pela suspens�o das investiga��es em uma a��o apresentada pela Rede Sustentabilidade que, em outubro, ele pr�prio j� havia desprezado.

Dois depoimentos em 23 dias

Este � o segundo depoimento de Carla Zambelli � Pol�cia Federal em menos de um m�s. No dia 13 de maio, a deputada se apresentou para prestar esclarecimentos sobre uma troca de mensagens com o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro. A conversa foi apresentada por ele como prova nas investiga��es que tamb�m correm no STF para apurar se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente da PF para blindar aliados de investiga��es.

Ao tomar conhecimento do pedido de demiss�o iminente de Sergio Moro que, diante da sinaliza��o de troca do comando da Pol�cia Federal pelo presidente, decidiu deixar o governo, a deputada tenta convenc�-lo a ficar no cargo e se prontifica a falar com o presidente sobre indic�-lo a uma vaga no STF. Ao que o ex-ministro responde 'n�o estar � venda'. Para Moro, a proposta deixou clara a tentativa de silenci�-lo diante dos desvios de Bolsonaro. A deputada, por sua vez, alega que queria apenas que o ex-juiz federal continuasse fazendo um bom trabalho no governo.

 


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