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Estado de Minas POL�TICA

Pelo 3� dia seguido, Minist�rio da Sa�de atrasa divulga��o de dados sobre COVID-19

Para justificar atraso, pasta informou que os dados s�o fornecidos por secretarias de estados e munic�pios e, em alguns casos, h� 'necessidade de checagem'


postado em 05/06/2020 19:20 / atualizado em 05/06/2020 21:45

Mudanças no Ministério da Saúde são marcantes na gestão do general Eduardo Pazuello, que não é médico e atende a todos os pedidos de Bolsonaro(foto: Agência Brasil)
Mudan�as no Minist�rio da Sa�de s�o marcantes na gest�o do general Eduardo Pazuello, que n�o � m�dico e atende a todos os pedidos de Bolsonaro (foto: Ag�ncia Brasil)
Pelo terceiro dia consecutivo, o Minist�rio da Sa�de ir� divulgar balan�o de infectados e mortos pela COVID-19 no Brasil apenas ap�s 22h. Desde o come�o de maio, o an�ncio era feito por volta das 19h.

Para justificar o atraso, a pasta informou nesta sexta-feira, 5, que os dados s�o fornecidos por secretarias de estados e munic�pios e, em alguns casos, h� "necessidade de checagem junto aos gestores locais".

A divulga��o tem sido feita cada vez mais tarde. No come�o da pandemia, ainda na gest�o de Luiz Henrique Mandetta (DEM), a situa��o epidemiol�gica era apresentada diariamente em entrevista � imprensa. Desde o come�o de maio, na gest�o de Nelson Teich, os dados passaram a ser divulgados � noite e s�o comentados por t�cnicos apenas em declara��es a jornalistas no dia seguinte.

O Minist�rio da Sa�de nega atraso proposital. "Essas situa��es podem acontecer, porque esse processo de checagem � muito vari�vel", disse o secret�rio substituto de Vigil�ncia em Sa�de, Eduardo Mac�rio na quinta-feira, 4.

A primeira divulga��o �s 22h ocorreu na quarta-feira, quando o Brasil confirmou, em 24h, que COVID-19 era a causa de 1.349 mortes que estavam em an�lise, dado recorde. No dia seguinte, novo recorde: 1.473 no mesmo per�odo.

O jornal Correio Braziliense adiantou nesta sexta-feira que o atraso na divulga��o dos balan�os foi uma ordem do presidente Jair Bolsonaro, justamente para que os n�meros n�o sejam divulgados nos telejornais das emissoras abertas.

O n�mero de v�timas do novo coronav�rus confirmadas de um dia para o outro n�o significa que todas as mortes ocorreram neste per�odo. Os dados consideram investiga��es de �bitos que s� foram encerradas nas �ltimas 24h, mas podem ter ocorrido semanas antes.

O dia com maior n�mero de mortes (670) pela COVID-19 no Brasil foi 12 de maio, segundo dados de quarta-feira, 3. H�, por�m, ao menos 4.159 mortes em investiga��o, o que ir� redistribuir os registros de v�timas e pode alterar a data de recorde de mortes.

Desde a sa�da de Mandetta, a comunica��o do Minist�rio da Sa�de tem sido esvaziada pelo Pal�cio do Planalto. Segundo t�cnicos da pasta, � uma imposi��o de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, parar de divulgar nas redes sociais da Sa�de o n�mero di�rio de mortes confirmadas. Agora, o minist�rio divulga nas redes sociais o "placar da vida", que destaca o n�mero de recuperados.

O n�mero de recuperados, comemorado pelo governo, por�m, espelha um dado negativo: o de infectados. Quanto maior a soma de pacientes, maior ser� o de recuperados.

As entrevistas da Sa�de � imprensa tamb�m perderam protagonismo. Antes, o ministro ou o "n�mero 2" da pasta, secret�rio-executivo, conduziam as declara��es ao lado de t�cnicos da Secretaria de Vigil�ncia Sanit�ria.

O ministro interino da Sa�de, Eduardo Pazuello, por�m, n�o participa das coletivas. As perguntas ao minist�rio t�m sido respondidas por secret�rios substitutos, que se negam a responder temas mais espinhosos.


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