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Estado de Minas POL�TICA

Ex-comandante da FAB critica decreto de Bolsonaro


postado em 08/06/2020 08:02

O tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato, ex-comandante da For�a A�rea do Brasileira (FAB), enviou aos colegas brigadeiros um documento no qual critica duramente a atual gest�o do Minist�rio da Defesa e a decis�o do presidente Jair Bolsonaro de permitir ao Ex�rcito ter avia��o de asa fixa.

O Estad�o mostrou que o decreto que permitiu ao Ex�rcito ter avi�es causou cr�ticas de brigadeiros e rea��o em peso da oficialidade da FAB. No documento de duas p�ginas, Rossato afirma que, "em sendo aceita a vontade do Ex�rcito Brasileiro, ficaria patente a dificuldade do Minist�rio da Defesa de otimizar os recursos e validar a t�o sonhada complementaridade de nossas For�as Armadas".

O documento de Rossato, com o t�tulo Asa Fixa do Ex�rcito diz que, em 2017, a possibilidade de dar ao Ex�rcito avi�es foi discutida em reuni�o do Minist�rio da Defesa com a presen�a do ministro, dos comandantes das tr�s For�as e do chefe do Estado-Maior Conjunto. "O comando da Aeron�utica, apresentando fundamentadas raz�es, posicionou-se contr�rio � decis�o unilateral do Ex�rcito."

Rossato n�o diz, mas a Aeron�utica n�o foi a �nica a ser contr�ria � medida. Documento feito pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz apresentado um ano antes ao Estado-Maior do Ex�rcito, tamb�m afirmava que a avia��o de asa fixa devia permanecer com a Aeron�utica.

As raz�es, al�m da economicidade, eram a necessidade de opera��o conjunta e interoperabilidade das For�as. Uma das li��es aprendidas num teatro de opera��es moderno era o da Guerra das Malvinas, em 1982, em plena Guerra Fria, onde as a��es conjuntas argentinas fracassaram, levando � derrota na guerra para os brit�nicos.

Oficiais ouvidos pelo Estad�o creditam ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, a iniciativa de dar ao Ex�rcito a avia��o de asa fixa. Ex-comandante da Brigada Paraquedista, Azevedo e Silva assinou o decreto em companhia de Bolsonaro, outro ex-paraquedista. A brigada depende dos avi�es da FAB para parte de seus deslocamentos.

Na carta de Rosatto, � qual o Estad�o teve acesso, o ex-comandante da Aeron�utica afirma que as "raz�es do posicionamento da For�a A�rea s�o facilmente identificadas e refor�adas pela g�nese da For�a e do Minist�rio da Defesa, associados � sempre indispens�vel necessidade de otimiza��o dos parcos recursos para que nosso Pa�s mantenha uma m�nima capacidade dissuas�ria".

Outro tenente-brigadeiro ouvido pelo Estad�o foi ainda mais enf�tico. Segundo ele, enquanto a FAB tiver avi�es parados por falta de recursos n�o � momento de o Ex�rcito ter sua avia��o. Capit�es s�o afastados do voo por n�o haver esfor�o a�reo suficiente para que possam voar, ainda segundo esta fonte.

Rossato fez um balan�o da situa��o da For�a que comandou at� janeiro de 2019. "A For�a A�rea tem uma frota de 100 avi�es de transporte, com potencial de voar acima de 50 mil horas anuais. Entretanto, consegue voar pouco mais da metade deste esfor�o a�reo por absoluta falta de recursos financeiros que poderiam ser priorizados pelo Minist�rio da Defesa".

Para ele, "alocar recursos de dezenas de milh�es de d�lares para treinar tripula��es, adquirir e adequar aeronaves para o Ex�rcito enquanto dezenas de aeronaves da For�a A�rea est�o paradas por falta destes mesmos recursos chega a ser um acinte no momento em que as dificuldades or�ament�rias comprometem a miss�o das For�as Armadas".

O Minist�rio da Defesa informou que deve apresentar nesta segunda-feira os questionamentos feitos pelo Estad�o sobre o decreto. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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