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Estado de Minas POL�TICA

Pol�cia Federal indicia Andrea Neves por obstru��o de justi�a


10/06/2020 15:04

A Pol�cia Federal concluiu nesta quarta, 10, o inqu�rito da Opera��o Escobar e indiciou seis pessoas, entre elas Andrea Neves, irm� do deputado federal ex-governador de Minas A�cio Neves (PSDB/MG), por obstru��o de justi�a. A irm� do parlamentar, bra�o direito do tucano durante, pelo menos, seus dois governos em Minas Gerais, � apontada como benefici�ria de informa��es privilegiadas sobre investiga��es envolvendo A�cio que teriam sido repassadas por integrantes da pr�pria PF.

Em nota, o advogado F�bio Tofic, que defende Andrea, argumentou que a finaliza��o da investiga��o foi precipitada e que contraria as provas obtidas no inqu�rito.

Al�m de Andrea, foram indiciados dois policiais federais e dois advogados pela pr�tica dos crimes de viola��o de sigilo funcional, corrup��o passiva e ativa, integrar organiza��o criminosa e embara�ar investiga��o de infra��o penal que envolva organiza��o criminosa. Um empres�rio que teria se utilizado do esquema para obter informa��es de inqu�ritos da PF tamb�m foi indiciado hoje, pelo mesmo crime que Andrea, obstru��o de Justi�a.

A Escobar foi desencadeada para apurar o vazamento de informa��es sigilosas levantadas pela PF. No relat�rio final da corpora��o, que indicia Andrea Neves, a corpora��o informa que no dia 11 de dezembro de 2018, durante busca e apreens�o dentro de outra opera��o, a Ross, foi encontrado na casa da irm� do deputado c�pias de pe�as de inqu�ritos policiais que tramitam sob segredo de Justi�a na Delegacia Especializada de Combate � Corrup��o. Entre os documentos estava depoimento do empres�rio Joesley Batista.

A Opera��o Ross foi articulada para apurar suposto pagamento de propina do grupo J & F a A�cio Neves entre 2007 e 2014. Conforme a corpora��o, as pe�as n�o haviam sido retiradas dos autos, mas, segundo as investiga��es, teriam sido retiradas diretamente do sistema operacional da Pol�cia Federal.

Al�m disso, entre os documentos que foram encontrados na casa da irm� do deputado estavam informa��es referentes � Opera��o Capitu, em que foram presos o empres�rio Joesley Batista do JBS e o ent�o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade. A Opera��o Capitu investiga suposto esquema de corrup��o no Minist�rio da Agricultura no governo Dilma.

Tamb�m ao longo das apura��es foi constatado, por conversas de aplicativo de mensagens eletr�nicas, que os dois escriv�es e os dois advogados "agiam de forma coordenada no sentido de revelar o andamento das investiga��es policiais e de dar conhecimento, inclusive com fornecimento de c�pias de documentos sigilosos, de fatos que deveriam permanecer em segredo".

A PF afirma que a atua��o do grupo tangenciavam fatos e personagens relacionados a A�cio Neves e que, por isso, teria ficado evidente o interesse de Andrea nos documentos sigilosos irregularmente obtidos na Superintend�ncia Regional da Pol�cia Federal de Minas Gerais e encontrados em sua resid�ncia. Ainda segundo a corpora��o, os documentos s�o pe�as de inqu�ritos em andamento com informa��es de colaboradores com os quais poderiam ser implementadas medidas cautelares para apurar atos praticados por A�cio Neves.

Para a PF, ao buscar ou obter acesso sabidamente indevido �queles documentos sigilosos a irm� de A�cio visava impedir ou embara�ar investiga��o. Se condenada, Andrea Neves pode pegar pena que varia de tr�s a oito anos de pris�o.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO F�BIO TOFIC, QUE DEFENDE ANDREA NEVES

" A defesa de Andrea Neves manifesta a sua perplexidade com a finaliza��o precipitada da investiga��o feita pela autoridade policial que contraria, inclusive, as provas obtidas no pr�prio inqu�rito.

Andrea Neves foi chamada a prestar depoimento em julho do ano passado, tendo ficado acertado que prestaria seus esclarecimentos assim que, como determina a Lei, tivesse acesso � integralidade dos documentos relacionados � investiga��o. Essa nova intima��o jamais ocorreu. As investiga��es demonstram que Andrea nunca solicitou qualquer documento a quem quer que seja e nunca teve contato com qualquer agente p�blico.

Os documentos que se encontravam em sua resid�ncia j� tinham o seu conte�do amplamente divulgado pela imprensa, sendo, portanto, estapaf�rdia a hip�tese de que poderiam ser usados para qualquer ato de obstru��o de justi�a. � preocupante que a autoridade policial fa�a uma ila��o dessa gravidade sem apontar qualquer ato praticado por Andrea que pudesse ser interpretado como obstru��o de justi�a.

No mais, registre-se a ironia de que um inqu�rito instaurado para apurar vazamento tenha tido a sua conclus�o vazada antes que as partes pudessem ter conhecimento de seu conte�do"


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