Homem preso acusado de atacar pr�dio do STF e xingar governador nega crimes

Em apresenta��o de defesa aos advogados, Renan Silva Sena, o ativista acusado de xingar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), negou ter amea�ado o chefe do Executivo. O homem foi detido por policiais � paisana no Setor de Ind�strias Gr�ficas (SIG) e foi liberado em breve, ap�s pagamento de fian�a em R$ 1,5 mil. Um v�deo gravado pela equipe do Correio mostra a a��o da pol�cia. 

A reportagem obteve acesso com exclusividade �s declara��es do manifestante. No v�deo, Renan alegou que a Pol�cia Militar o informou o tempo em que ele precisaria sair da Pra�a dos Tr�s Poderes com o grupo na manh� deste domingo (14/6). “Eles (policiais) me disseram que iriam fazer a retirada for�ada minha e do grupo e que usariam g�s de pimenta e lacrimog�neo e toda for�a necess�ria para cumprir essa ordem. Eles n�o me mostraram nenhum documento, apenas que o governador havia decretado uma ordem expressa de fazer a retirada � for�a”, afirmou. 

O decreto assinado na noite deste s�bado (13/6) pelo chefe do Buriti em que ele decreta o fechamento da Esplanada dos Minist�rios de 00h at� as23h59 deste domingo, veio ap�s a desmobiliza��o do acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no local. No texto, Ibaneis cita "amea�as declaradas por alguns manifestantes" e a "demanda urgente" de "conten��o de riscos, danos e agravos � sa�de p�blica".

 

Ap�s a ordem de retirada dos policiais, Renan gravou um v�deo criticando a decis�o do governador. “Falei que eu entendia que � um governador bandido, que estamos em uma ditadura comunista, mas isso eu j� venho batendo. E falei que tinha cobertura comunista do Judici�rio, no caso os ministros do STF”, disse.

Questionado pelos advogados sobre a suposta amea�a as autoridades, Renan negou e disse que “nunca fez isso”. Afirmou, ainda, que sempre se manifestou sozinho h� dois anos, mas que, agora, “motivado por uma indigna��o”, se reuniu ao grupo.

Como consta na ocorr�ncia policial, agentes abordaram o ve�culo em que o acusado estava. A mulher, no entanto, n�o obedeceu ao comando para parar o carro. Ap�s outra investida, ela parou e os policiais conseguiram tirar Renan do autom�vel e coloc�-lo na viatura. “A condutora come�ou a seguir a viatura, mesmo como todos os avisos de que se tratava da Pol�cia Civil e que o homem seria conduzido para ser ouvido nesta delegacia. Durante o trajeto, a condutora exp�s risco aos outros ve�culos, entrando em contram�o diversas vezes”, diz o texto.

Segundo a PCDF, a mulher insistia em n�o obedecer a ordem da pol�cia e acabou colidindo na viatura. De acordo com a corpora��o, ela resistiu fisicamente a abordagem e foi necess�rio utilizar de spray de pimenta “por cautela da integridade f�sica dela e dos policiais”.

Uma fonte policial informou ao Correio que nove advogados acompanhavam o caso, mas apenas cinco estiveram presentes no depoimento. A reportagem apurou que os advogados fizeram uma vaquinha para pagar a fian�a estipulada no valor de R$ 1,5 mil.