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Estado de Minas PRESS�O

Pris�o de Queiroz e 'fuga' de Weintraub aumentam press�o da oposi��o sobre o governo

Planalto tenta seguir com agenda positiva, mas aliados admitem que a press�o vai aumentar


postado em 22/06/2020 09:49

Desdobramentos da investigação que levou à prisão de Queiroz preocupam o Planalto: eventual delação premiada está no radar de aliados(foto: Nelson Almeida/AFP)
Desdobramentos da investiga��o que levou � pris�o de Queiroz preocupam o Planalto: eventual dela��o premiada est� no radar de aliados (foto: Nelson Almeida/AFP)
A carteirada do ex-ministro da Educa��o Abraham Weintraub para entrar nos Estados Unidos e a pris�o de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-SP), prometem esquentar a temperatura pol�tica em Bras�lia na semana que se inicia.

A ideia do Pal�cio do Planalto � tentar manter uma agenda positiva, mas parlamentares admitem, em conversas reservadas, que legendas do Centr�o devem aproveitar para cobrar uma presen�a maior em cargos na Esplanada, em troca de uma blindagem no Congresso para apagar qualquer inc�ndio que possa surgir contra o governo.

Os desdobramentos da investiga��o que levou � pris�o de Queiroz preocupam o Planalto em v�rios n�veis. N�o s� pelas evid�ncias de que o filho mais velho seria o l�der de uma organiza��o criminosa, mas pela teia que liga a fam�lia a Queiroz — que, pelo que o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro tem apurado, vai al�m da rachadinha dos sal�rios de servidores na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Pr�ximo de Queiroz h� pelo menos 30 anos, o presidente Jair Bolsonaro n�o sabe que tipo de informa��o pode sair de uma eventual dela��o premiada do ex-assessor. O medo evidente � que as falas dele prejudiquem o filho, mas a rela��o de d�cadas pode levar a outros assuntos, como o envolvimento com grupos milicianos.

Queiroz poderia explicar, por exemplo, o porqu� de Fl�vio ter empregado no gabinete o miliciano Adriano da N�brega, morto em fevereiro deste ano, que era acusado de chefiar um grupo criminoso suspeito de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Desde que entrou na mira do Minist�rio P�blico, o ex-assessor j� deixava claro que o ponto fraco seria a fam�lia.

“Podem me prender, mas n�o podem prender minha mulher nem minha filha”, dizia. As investiga��es, no entanto, chegaram � esposa, M�rcia Aguiar. Com pris�o decretada, ela, hoje, � considerada foragida e pode ser detida a qualquer momento. A poss�vel pris�o aumenta o grau de preocupa��o de Bolsonaro com a rea��o do ex-assessor.

Mesmo que tente, agora, se descolar da imagem de Queiroz, Bolsonaro fez quest�o de mant�-lo por perto nos �ltimos 30 anos. Como amigo, assessor, motorista ou, mais recentemente, h�spede do s�tio do advogado da fam�lia, Frederick Wassef, em Atibaia, onde foi encontrado na semana passada.

Sem ter como fugir das liga��es, o Planalto fica atento, na espera dos pr�ximos passos da Justi�a, e ainda mais apreensivo em um cen�rio de brigas constantes com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ontem, em mais um desdobramento da crise, Fl�vio Bolsonaro anunciou, no Twitter, que Wassef deixou de defend�-lo no processo “por decis�o dele e contra a minha vontade (…), mesmo ciente de que n�o fez nada errado.”

De todo modo, parlamentares pr�-governo tentam passar a impress�o de que o presidente n�o ser� o maior impactado nessa hist�ria. De acordo com a base do governo no Congresso, a agenda de Bolsonaro tende a seguir o ritmo normal, a despeito de o caso Queiroz envolver o n�cleo familiar dele. “O essencial � que o presidente est� articulado com a base do governo. O Centr�o, que deu governabilidade a todos os presidentes anteriores, est� comprometido em dar ao Brasil condi��es de retomada do crescimento. � isso que n�s vamos assistir daqui para a frente. Eu n�o acredito que nenhum desses fatos, que j� estavam precificados, vai mudar isso. Se tivermos fatos novos, ent�o vamos avaliar. Mas, por enquanto, tudo o que aconteceu j� era previsto”, analisa o vice-l�der do governo no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Sa�da turbulenta

Nem mesmo a turbulenta sa�da de Abraham Weintraub do Minist�rio da Educa��o e a “fuga” dele para os Estados Unidos, ainda sob o cargo na pasta, podem atrapalhar o desempenho do presidente, dizem os bolsonaristas. Pelo contr�rio. Para os congressistas, com o ex-ministro fora do governo, Bolsonaro tende a ter um pouco mais de paz.

“Com o Weintraub, n�s da base do governo j� v�nhamos discordando das posi��es dele, que s�o p�ginas passadas e nem deveriam mais alimentar discuss�o. Ao mudar de ministro, acredito que Bolsonaro vai escolher algu�m com outro estilo. Vai optar por uma pessoa que, realmente, possa ajudar o governo. Certamente, o novo ministro deve adotar um discurso mais ameno.”, diz o vice-l�der do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR).

O senador reconhece que tanto a demiss�o de Weintraub quanto a pris�o de Queiroz s�o “fatos desagrad�veis” para o governo. No entanto, ele diz que ambos  acontecimentos servir�o mais para a oposi��o refor�ar os ataques a Bolsonaro do que para prejudicar o presidente, de fato.

A deputada Al� Silva (PSL-MG) refor�a que “as cr�ticas sempre existiram e sempre v�o existir” e que “cabe a cada um analisar se elas t�m fundamento ou n�o”. De todo modo, ela frisa que a discuss�o criada em torno das recentes pol�micas n�o v�o interferir. “A oposi��o propriamente dita no Congresso � muito pequena, n�o temos uma oposi��o ferrenha.”


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