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Estado de Minas POL�TICA

PF quer saber se Queiroz pediu acesso � investiga��o sigilosa e relat�rio do Coaf


postado em 23/06/2020 19:17

A Pol�cia Federal solicitou � superintend�ncia da corpora��o no Rio de Janeiro c�pia de um inqu�rito sigiloso aberto no ano passado envolvendo o relat�rio do Coaf que identificou movimenta��es financeiras suspeitas do ex-assessor parlamentar Fabr�cio Queiroz. A solicita��o foi feita na �ltima sexta, 19, pela delegada Christiane Correa Machado, que lidera as investiga��es sobre suposta interfer�ncia pol�tica do presidente Jair Bolsonaro na corpora��o.

Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que a PF Rio abriu inqu�rito no ano passado para apurar suposto crime de evas�o de divisa praticados por um advogado no Rio Grande do Sul mencionado em um relat�rio do Coaf que tamb�m citava Queiroz. O ex-assessor n�o era investigado, mas transa��es financeiras dele teriam sido listadas no documento.

Em agosto do ano passado, o ent�o advogado de Queiroz, Paulo Klein, teria tido ci�ncia do caso e pediu para acessar os autos. Como Queiroz n�o era investigado, o pedido foi negado pela Justi�a. No mesmo m�s, o presidente Jair Bolsonaro tentou trocar o comando da PF Rio e emplacar um nome de sua confian�a.

"Visando instruir os autos do Inqu�rito Policial n� 0004/2020-1 SINQ/CGRC/DICOR (4831 - STF), solicito a Vossa Excel�ncia informa��es sobre exist�ncia de eventual inqu�rito instaurado na SR/PF/RJ (Superintend�ncia Regional da Pol�cia Federal no Rio de Janeiro), a partir do Relat�rio de Intelig�ncia Financeira 34670.7.50.6762, esclarecendo se, nos respectivos autos, foram protocolados requerimentos de vistas de Fabr�cio de Queiroz. Caso positivo, solicito c�pia desses documentos", pediu a delegada.

A defesa de Moro apontou � PF que a peti��o de Klein no inqu�rito demonstra que Queiroz tinha ci�ncia da exist�ncia do relat�rio do Coaf que o mencionava, e queria ter acesso ao documento sigiloso. A defesa tamb�m ressalta que, no mesmo per�odo, o presidente Jair Bolsonaro tentava trocar o comando da PF Rio, que conduzia as investiga��es.

"Essas raz�es endossam e refor�am a imprescindibilidade da disponibiliza��o de c�pia do procedimento investigat�rio n� 5011763-74.2019.4.02.5101 para que se possibilite analisar sua evolu��o processual e eventuais implica��es pertinentes � quest�o criminal aqui apurada", afirmou o advogado Rodrigo S�nchez Rios.

A defesa de Moro relembrou que as investiga��es em quest�o, sobre interfer�ncias pol�ticas de Bolsonaro, se interligam ao caso devido � press�o exercida pelo presidente em agosto do ano passado para a troca do comando da PF Rio. Bolsonaro tentou emplacar um nome de sua confian�a no mesmo m�s que a investiga��o sigilosa que a defesa de Queiroz teve ci�ncia de uma investiga��o relacionada a um relat�rio do Coaf que o citava.

� �poca, a PF Rio era comandada pelo delegado Ricardo Saadi, que prestou depoimento alegando que sua exonera��o do cargo foi antecipada em agosto do ano passado a pedido e sem justificativa clara. A sa�da de Saadi provocou atritos entre o presidente Jair Bolsonaro e o ent�o ministro S�rgio Moro e foi a primeira ocasi�o em que, segundo o ex-juiz, o presidente teria insistido em emplacar um nome de seu gosto no comando da corpora��o fluminense - o superintendente no Amazonas Alexandre Saraiva.

Saraiva, por sua vez, disse aos investigadores que sua indica��o para assumir a PF Rio partiu do ent�o diretor da Abin, Alexandre Ramagem, nome de confian�a do presidente Jair Bolsonaro e por pouco o diretor-geral da corpora��o. O delegado informou que a proposta teria sido feita 'no in�cio do segundo semestre' do ano passado, �poca em que o presidente Jair Bolsonaro tentou emplacar o seu nome para comandar a PF Rio.

Not�cia de fato

Em outro ponto, a defesa de Moro afirmou que o Minist�rio P�blico Federal pediu o desmembramento do relat�rio do Coaf que citava Queiroz 'visando a instaura��o de mais uma not�cia de fato' relacionada ao documento. A Procuradoria n�o deu mais detalhes.

De acordo com a defesa do ex-ministro, apesar da investiga��o da PF at� ent�o n�o focar em Queiroz, todos os citados no relat�rio do Coaf 'eram tratados como investigados'. "Assim, mais uma raz�o para, al�m de se promover a disponibiliza��o de c�pia do Inqu�rito Policial, instar o MPF a esclarecer a exist�ncia de efetiva instaura��o de Not�cia de Fato e posterior Inqu�rito Policial em face dos referidos investigados", disse a defesa.


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