Uma visita da subprocuradora-geral da Rep�blica Lindora Maria Ara�jo � for�a-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, terminou em desentendimento. Bra�o direito do procurador-geral da Rep�blica (PGR), Augusto Aras, Lindora foi consultar arquivos da equipe que originou a opera��o anticorrup��o em 2014. Ela foi nomeada chefe da Lava Jato nos processos do Supremo Tribunal Federal (STF) por Aras em janeiro.
Ap�s a visita, os 14 procuradores da for�a-tarefa enviaram um documento ao PGR e � Corregedoria-Geral do Minist�rio P�blico. No of�cio, eles comunicam os fatos e o estranhamento gerado na "busca informal".
Segundo os procuradores de Curitiba, Lindora n�o prestou informa��es sobre a exist�ncia de um procedimento que justificasse a visita. Em nota, a subprocuradora nega qualquer ilegalidade e diz que n�o houve "visita surpresa", mas sim uma reuni�o previamente agendada. "N�o houve inspe��o, mas uma visita de trabalho que visava � obten��o de informa��es globais sobre o atual est�gio das investiga��es."
Segundo ela, n�o se "buscou compartilhamento informal de dados, como aventado em of�cio dos procuradores". A solicita��o de compartilhamento de informa��es foi feita por meio de of�cio direcionado � for�a-tarefa de Curitiba no dia 13 de maio. "O mesmo of�cio, com o mesmo pedido, foi enviado para as for�as-tarefas de Curitiba, S�o Paulo e Rio de Janeiro."
"Os assuntos da visita de trabalho, como � o normal na Lava Jato, s�o sigilosos. A PGR estranha a rea��o dos procuradores e a divulga��o dos temas, internos e sigilosos, para a imprensa", diz a subprocuradora.
A Lava Jato d� uma informa��o diferente. Segundo os procuradores, Lindora comunicou a visita por telefone, no dia anterior. "N�o foi formalizado nenhum of�cio solicitando informa��es ou dilig�ncias, ou informado procedimento correlato, ou mesmo o prop�sito e o objeto do encontro", consta no documento, segundo apurou a reportagem.
Com a subprocuradora, estavam o secret�rio de Seguran�a Institucional, Marcos Ferreira dos Santos, que � delegado de Pol�cia Federal, e o procurador da Rep�blica Galtienio da Cruz Paulino, do gabinete de Aras.
Acervo
A chefe da Lava Jato na PGR teria informado que a equipe tinha dois trabalhos a fazer em Curitiba: examinar o acervo da for�a-tarefa e consultar dados da �rea de tecnologia. O motivo seria suposta preocupa��o com o "volume de trabalho pendente acumulado".
Integrantes da for�a-tarefa viram a a��o como inusitada e temem um risco para os dados das investiga��es. Um dos receios � que a PGR pe�a a transfer�ncia de dados sigilosos.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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