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Estado de Minas ENTREVISTA

Veja prioridades de Renato Feder como ministro da Educa��o

Secret�rio de Educa��o do Paran�, Feder deve ser confirmado no comando do Minist�rio da Educa��o


postado em 03/07/2020 12:24

(foto: Divulgação/Governo do Paraná)
(foto: Divulga��o/Governo do Paran�)
Prestes a ser confirmado como novo ministro da Educa��o pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira (3/7), Renato Feder conversou com o Correio Braziliense sobre os pontos que considera mais importantes para receber o aval do chefe do Executivo ap�s uma sequ�ncia de esc�ndalos envolvendo os ministros anteriores.

Antes da nomea��o de Carlos Decotelli, que acabou anulada pelo presidente da Rep�blica, Feder era o mais cotado a suceder Abraham Weintraub no Minist�rio da Educa��o (MEC). Atual secret�rio de Educa��o do Paran�, o economista enfatizou a inten��o de restabelecer o di�logo com as secretarias de educa��o e colocou a vota��o do Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Fundeb) no Congresso Nacional como prioridade.

Veja os principais pontos da entrevista, realizada na semana passada, ap�s encontro entre Feder e Bolsonaro.

Ap�s tantas pol�micas com o Minist�rio da Educa��o, quais os desafios ao pr�ximo ministro que comandar� a pasta?
 
Eu prefiro sempre falar de futuro. O que me cabe � falar de um poss�vel futuro. O desafio do MEC � dialogar, construir com as universidades e com as secretarias estaduais e municipais um bom suporte. O que uma secret�ria ou uma universidade precisa?

Obviamente, al�m da parte financeira, � de uma ferramenta de tecnologia, de parcerias, de boas pr�ticas pedag�gicas, de forma��o de professores? Por exemplo, o Brasil tem 150 mil escolas p�blicas, ent�o temos 150 mil diretores de escolas p�blicas. Que tipo de apoio esses gestores precisam e que tipo de apoio t�cnico-pedag�gico � necess�rio? E fornecer isso. Esse � o grande desafio.

Como foi o primeiro encontro com o presidente Jair Bolsonaro? 

Foi uma conversa principalmente sobre educa��o. O presidente Bolsonaro quer muito que o Brasil se torne uma pot�ncia em educa��o. Ele visitou o Jap�o, Taiwan, Singapura, conversamos sobre educa��o nesses pa�ses e quais os caminhos para o Brasil chegar l�. Eu contei um pouquinho do que estamos fazendo no Paran�.

L� a educa��o est� indo muito bem, mesmo durante a quarentena. Estamos com aulas virtuais pela televis�o e pelo celular, sempre aulas gratuitas. Os alunos assistem �s aulas na televis�o e fazem as atividades propostas no celular. E, pelo celular, ele tamb�m fala com professor dele, com os colegas e posta as li��es de casa. Est� funcionando bem. Temos 1 milh�o de alunos l� e as aulas ocorrem normalmente todos os dias.

Bolsonaro se interessou pelo projeto? 

O presidente ficou muito interessado e quis saber se � poss�vel fazer isso para o Brasil todo. Eu comentei que sim, � poss�vel, obviamente com muito di�logo com as secretarias municipais e estaduais. Sempre dialogando e vendo a necessidade de cada secretaria. Porque o MEC praticamente n�o tem alunos na educa��o b�sica.

A grande maioria dos alunos est� nas secretarias municipais e estaduais, ent�o o grande papel do MEC para nos tornarmos um pa�s desenvolvido em educa��o, que esteja no topo do ranking, � construir junto a quem tem os alunos e os professores, ou seja, apoiar essas secretarias.

Quais outras medidas o senhor considera essenciais agora para o MEC? Est� incluso um plano para tratar do ensino na pandemia?

Sim, o presidente se preocupou com isso. Conversamos tamb�m sobre o Fundeb (Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica), que � muito importante a aprova��o no Congresso. � um fundo em que os recursos federais v�o para a educa��o p�blica, nos estados e munic�pios. Outra preocupa��o do presidente � o retorno �s aulas.

De saber como foi o retorno nos outros pa�ses, como ajudar os munic�pio e estados, qual o protocolo a seguir que minimiza o risco de contamina��o de toda a comunidade escolar, o respeito ao momento correto de cada localidade do Brasil de retornar. Tudo isso o presidente est� preocupado e querendo ver como o minist�rio pode ajudar as secret�rias.

Em meio � pandemia, fala-se em um gasto maior das secretarias de educa��o com alimenta��o e uma poss�vel ajuda com pacotes de dados de internet para viabilizar o ensino remoto a estudantes da rede p�bliva. Como o governo deve tratar isso?

No geral, o or�amento na educa��o, mesmo durante a pandemia, n�o precisa aumentar. Porque existem economias, como o transporte escolar e a limpeza da escola, que n�o precisaram ser feitos. J� a merenda � focada nos estudantes que mais precisam. No Paran�, por exemplo, dos 1 milh�o de estudantes da rede p�blica, a merenda � distribu�da para os 200 mil que mais precisam.

Sobre as novas tecnologias, elas n�o s�o caras. Para se montar uma estrutura de tecnologia, a escala permite se fazer isso com um custo muito econ�mico. Tem muitas ferramentas gratuitas que usamos da Google, da Microsoft, ent�o n�o precisa de um gasto grande. � �bvio que o MEC deve fazer, sendo necess�rio, esse aporte neste momento de pandemia.

Com certeza � papel do MEC fazer esse investimento e o presidente entende que o recurso para a educa��o sempre vai ser realizado respeitando o or�amento.

O ex-ministro Abraham Weintraub fazia ataques recorrentes a universidades e institutos federais. Qual a sua vis�o sobre o papel do MEC em rela��o a essas institui��es? 

A vis�o � que o MEC deve apoi�-las. As universidades t�m a independ�ncia, que � muito importante. O papel das universidades � formar bons arquitetos, bons engenheiros, bons pedagogos, bons cientistas, isso em todas as profiss�es. O conte�do precisa ser passado, esse � o papel das universidades e ao MEC cabe o papel de auxiliar nisso.

Ver o que est� dando certo e o que a universidade precisa para que ela sempre possa melhorar, crescer e dar um aprendizado melhor para os jovens que estudam l�. O MEC tem de construir com a universidade sempre e auxiliar no que ela entende ser necess�rio para que o aprendizado seja melhor.

A inadimpl�ncia nas escolas particulares cresceu e muitas institui��es particulares est�o decretando fal�ncia. Qual a perspectiva que esse setor pode ter?

As escolas particulares t�m de ter a liberdade de escolher as suas aulas remotas. Foi isso que funcionou no Paran�. E tamb�m o Conselho Nacional de Educa��o decidiu que as aulas � dist�ncia s�o v�lidas e cada escola particular tem de achar a melhor solu��o virtual para seus alunos e para a satisfa��o dos seus pais.

No Paran�, tivemos um grande aumento de matr�culas na rede estadual. Os pais sa�ram da rede privada e foram � rede p�blica, mas os relatos que temos � que n�o foi somente por uma quest�o financeira, mas por causa da qualidade da educa��o p�blica tamb�m. S�o 9 mil novos estudantes no Paran� matriculados na rede p�blica que n�o estavam no come�o da pandemia, majoritariamente pela qualidade da educa��o p�blica virtual.

H� expectativa de um aux�lio financeiro para as escolas particulares?

N�o existe uma conversa nesse sentido de aux�lio �s institui��es privadas. O foco maior � a educa��o p�blica, obviamente dando liberdade para o mercado, para as escolas conseguirem dar o atendimento aos pais que optarem pelas escolas particulares.


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