
A proposta seria apreciada na �ltima sexta-feira e s� n�o foi votada por falta de tempo. Esse tipo de homenagem, geralmente, � aprovada de maneira autom�tica, sem obje��o dos vereadores ou necessidade de vota��o.
Por�m, a mo��o de aplausos a Bolsonaro teve que ser inclu�da em pauta por ter sido impugnada na �poca da proposi��o, no final de maio. A mo��o foi assinada pelos vereadores Catatau do Povo (PSD), Fernando Luiz (Avante), Orlei (PSD), Pedr�o do Dep�sito (Cidadania) e Wesley Autoescola (Pros).
O texto tem gerado diverg�ncias entre os parlamentares. Enquanto simpatizantes de Bolsonaro defendem a manifesta��o, opositores criticam duramente a iniciativa.
Ao Estado de Minas, um dos autores da proposta, Jair Di Greg�rio (PSD), listou uma s�rie de a��es feitas pelo governo federal, como a concess�o do aux�lio emergencial de R$ 600 e a libera��o de cr�dito �s pequenas empresas, para justificar a homenagem ao chefe do Executivo nacional.
“Bolsonaro faz, disparadamente, um dos maiores trabalhos sociais de todos os tempos no Brasil. Em uma s� crise, colocou em evid�ncia v�rios programas, atuando junto aos prefeitos e governadores. Minha avalia��o sobre as a��es dele � a melhor poss�vel”, defendeu. Vale lembrar, contudo, que uma decis�o do Supremo Tribunal (STF) garantiu autonomia aos estados e munic�pios na tomada de medidas para enfrentar a COVID-19.
Bella Gon�alves (Psol), por sua vez, � uma das vozes contr�rias � proposi��o. “A mo��o de aplausos � um esc�rnio de quem est� buscando reproduzir, no munic�pio, pol�micas que em nada contribuem para evitar a morte de brasileiras e brasileiros. A C�mara tem optado, h� algum tempo, pela constru��o da imbecilidade enquanto plataforma de visibilidade pol�tica”, protestou.
Na vis�o do autor do texto, Bolsonaro tem conseguido atuar de forma satisfat�ria no Pal�cio do Planalto. “Em um ano e meio de mandato, n�o h� corrup��o. Um ano e meio sem o presidente participar de coisas erradas”, afirmou.
A vereadora do Psol, contudo, acredita que o momento n�o � prop�cio para homenagens do tipo. Ela pede prioridade �s propostas pensadas para combater o coronav�rus. “H� projetos tramitando na C�mara sem conseguir chegar ao plen�rio, como o que pede espa�os de acolhimento para a quarentena de fam�lias vulner�veis”, afirmou � reportagem.
De acordo com dados do Minist�rio da Sa�de, divulgados nesse domingo, o Brasil contabiliza 64.867 mortes por coronav�rus. Desses, 1.201 foram em Minas Gerais e 176 em BH. Ainda segundo os n�meros do governo, o estado contabiliza 58.283 casos confirmados, enquanto a capital mineira tem 7.890 registros.
As a��es de Bolsonaro durante a pandemia tem sido questionadas. Al�m de menosprezar o coronav�rus no in�cio da pandemia, a ponto de cham�-lo de "gripezinha", e ir contra as recomenda��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), o Governo Federal n�o conta com um ministro da Sa�de. Em 16 de abril deste ano, Luiz Henrique Mandetta foi demitido do cargo. Em 15 de maio, foi a vez de Nelson Teich deixar o posto. Em 3 de junho, Eduardo Pazuello foi oficializado como ministro interino da pasta, fun��o desempenhada atualmente.