Maia critica for�a-tarefa da Lava Jato e diz que Moro virou pol�tico

O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a criticar a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato ap�s o procurador Deltan Dallagnol dizer que governistas vinham atacando o ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro por receio do desempenho do ex-juiz em eventual candidatura � Presid�ncia da Rep�blica em 2022.

"Espero que o procurador-geral da Rep�blica (Augusto Aras) consiga organizar o trabalho. N�o � uma quest�o de interfer�ncia no trabalho dos procuradores, que t�m independ�ncia. Mas algu�m tem que coordenar, algu�m tem que fiscalizar. Se n�o, acima da for�a-tarefa de Curitiba parece que n�o h� nada. Precisa ter", disse Maia, neste domingo, 5, em entrevista � Globo News.

Maia afirmou, ainda, que Moro "virou pol�tico" em raz�o da maneira como se comporta desde que deixou o primeiro escal�o do governo de Jair Bolsonaro. Bolsonaristas temem que o ex-juiz da Lava Jato seja advers�rio do atual chefe do Pal�cio do Planalto na disputa presidencial de 2022. "Se ele for candidato, � candidato fort�ssimo. Acho que fez bom trabalho no Minist�rio da Justi�a. Falei que ele � pol�tico porque as a��es dele depois que saiu do minist�rio s�o todas de pol�tico. Na minha opini�o, ele caminha pra pol�tica. E acho bom que ele participe do processo", disse Maia.

O coment�rio de Deltan Dallagnol criticado por Maia foi feito em entrevista � CNN, na �ltima sexta-feira. O procurador declarou que governistas teriam o objetivo de desconstruir o ex-ministro por preocupa��o eleitoral. "Com o desembarque do ex-ministro S�rgio Moro da parte da Justi�a, passou a interessar ao governo e aos seus aliados a desconstru��o do ex-ministro S�rgio Moro e da Lava Jato, de que ele � s�mbolo, pelo receio de que ele venha eventualmente a concorrer em 2022", disse o procurador.

Procuradores entraram em rota de colis�o com Augusto Aras nas �ltimas semanas depois que o procurador-geral da Rep�blica determinou compartilhamento de dados da Lava Jato no Paran�, em S�o Paulo e no Rio. Aras tamb�m questionou a necessidade de for�a-tarefa para investiga��es espec�ficas e prop�s a cria��o da Unidade Nacional Anticorrup��o (Unac) no Minist�rio P�blico Federal. A estrutura deixaria o controle de grandes opera��es em Bras�lia.