
A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato denunciou o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque e o ex-dirigente da Multitek Luis Alfeu Alves de Mendon�a por corrup��o e lavagem de dinheiro em contratos celebrados entre a estatal e a empresa de engenharia. Em dois anos, o esquema teria envolvido a promessa de mais de R$ 5,6 milh�es em propina e fraudes estimadas em R$ 525 milh�es.
Para ocultar a origem do dinheiro, os dois teriam contratado Milton Pascowicht e Jos� Adolfo Pascowicht, respons�veis por diferentes t�ticas para lavar os milh�es, incluindo a celebra��o de contratos ideologicamente falsos, aquisi��o de obras de arte e custeio de reformas imobili�rias.
Os irm�os Pascowicht celebraram acordo de colabora��o com o Minist�rio P�blico Federal (MPF) e, segundo os investigadores, revelaram o suposto esquema criminoso e admitiram que eram respons�veis pela empresa usada como intermedi�ria para lavar o dinheiro. O grupo simulava a contrata��o da Jamp Engenheiros Associados Ltda. para presta��o de servi�os de consultoria de engenharia como estrat�gia para "embasar o recebimento dos 'cr�ditos' de propina de Duque junto � Multitek".
O MPF pede que os denunciados sejam condenados a devolver R$ 3,7 milh�es, correspondentes ao total dos valores supostamente lavados. A for�a-tarefa da Lava-Jato pede ainda que a Justi�a determine o pagamento de igual montante em indeniza��o por danos morais � popula��o brasileira.
Condenado a mais de 130 anos de pris�o, Duque foi um dos primeiros alvos do alto escal�o da Petrobras na Opera��o Lava-Jato. Apesar de n�o ser delator, chegou a confessar crimes, que envolveram suposta opera��o de propinas ao PT e � alta c�pula do partido, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o ex-ministro chefe da Casa Civil Jos� Dirceu e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
O ex-diretor da Petrobras foi solto em mar�o deste ano por determina��o do Tribunal Regional Federal da 4.ª Regi�o (TRF-4). Para os desembargadores, ap�s cinco anos, n�o se sustentava mais a pris�o preventiva. Ele recebeu sua senten�a mais recente em fevereiro, a seis anos e seis meses, em a��o sobre suposto esquema que teria rendido propinas em contratos de navios-sonda.
Defesas
A reportagem busca contato com os denunciados. O espa�o est� aberto para manifesta��es.