O Minist�rio P�blico junto ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) pediu � Corte que apure o gasto de publicidade do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste (BNB) em canais de Youtube mantidos por bolsonaristas investigados no Supremo Tribunal Federal (STF). A representa��o foi enviada pelo subprocurador Lucas Furtado, que tamb�m cobrou em abril investiga��es contra suposta inger�ncia do governo Bolsonaro na gest�o de publicidade do Banco do Brasil.
A presen�a de an�ncios do BNDES e do BNB foi detectada por reportagem do jornal O Globo, que identificou por Lei de Acesso � Informa��o pagamentos de publicidade a canais de investigados nos inqu�ritos das 'fake news' e dos atos antidemocr�ticos - alguns perfis, inclusive, eram de deputados federais aliados ao Planalto, como Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).
"A meu ver, portanto, cabe ao TCU empreender a mesma a��o de controle que vem sendo desenvolvida em face do Banco do Brasil, tendo em vista se tratar do mesmo tipo de irregularidade que estaria sendo praticada no �mbito de outras duas institui��es financeiras p�blicas: o BNDES e o BNB", afirmou Lucas Furtado, que pede a suspens�o liminar de todas as pe�as anunciadas nos em sites, blogs, portais e redes sociais divulgadores de fake news e de mensagens antidemocr�ticas.
Os bancos alegam que os an�ncios foram definidos por publicidade program�tica - ou seja, os �rg�os apenas informaram qual p�blico-alvo queriam alcan�ar com a pe�a e o sistema do Google Ads inseriu os an�ncios nos canais mencionados.
O uso de canais de Youtube por deputados tem sido uma maneira que os parlamentares encontram para lucrar com a verba de gabinete. Reportagem do Estad�o publicada neste m�s revelou que membros da base e da oposi��o transformaram a divulga��o de atividades da C�mara em neg�cio privado, recorrendo a empresas contratadas com dinheiro da cota parlamentar para gerir canais monetizados no Youtube, que d�o retorno financeiro.
Banco do Brasil
Lucas Furtado foi o autor da representa��o que levou o TCU a suspender an�ncios no site Jornal da Cidade Online, acusado de difundir fake news. O ve�culo foi alvo de ao menos oito verifica��es do Estad�o Verifica por publicar conte�dos falsos ou enganosos. � �poca, a investiga��o mirou se o secret�rio de comunica��o, F�bio Wajngarten, teria interferido na gest�o do �rg�o.
No caso do Banco do Brasil, os an�ncios foram detectados pelo perfil Sleeping Giants Brasil, que fiscaliza a presen�a de pe�as publicit�rias em sites considerados de 'fake news'. Inicialmente, o Banco do Brasil respondeu que iria suspender os an�ncios na plataforma, mas voltou atr�s ap�s cr�ticas de aliados do governo. Wajngarten afirmou nas redes sociais, � �poca, que iria 'contorna a situa��o'. Os detalhes dessa decis�o do BB n�o foram divulgados.
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