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Estado de Minas POL�TICA

Proximidade com Planalto provoca baixa no Centr�o


28/07/2020 07:20

O DEM e o MDB v�o oficializar, nos pr�ximos dias, o desembarque do Centr�o, bloco liderado na C�mara pelo deputado Arthur Lira (Progressistas-AL). Os dois partidos j� atuam de forma independente em torno do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas acabam ficando a reboque de Lira no encaminhamento de vota��es. O div�rcio, antecipado ontem pelo Estad�o/Broadcast, mostra os rumos antag�nicos que as bancadas v�o tomar em vota��es futuras, como na reforma tribut�ria e na sucess�o de Maia.

A aproxima��o do Centr�o com o presidente Jair Bolsonaro e a disputa pela presid�ncia da C�mara, marcada para fevereiro de 2021, dividiram o "bloc�o". O alinhamento de Lira com o presidente, dando as cartas sobre indica��es para cargos no Executivo, acirrou a divis�o e refor�ou a decis�o do desembarque. "N�s temos total independ�ncia. Ent�o, n�o vamos a reboque de ningu�m", argumentou o l�der do MDB na Casa, Baleia Rossi (SP).

Com 63 deputados, DEM e MDB ter�o, agora, autonomia em posicionamentos formais da C�mara, como na apresenta��o de requerimentos para vota��o de emendas em projetos de lei, pedidos para acelerar determinadas vota��es e at� para solicitar a retirada de alguma proposta da pauta.

Reforma

A sa�da do DEM e do MDB do grupo escancara tamb�m a divis�o dos partidos da Casa em vota��es cruciais, como a reforma tribut�ria. Enquanto o Centr�o de Lira age para emplacar o projeto do ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia e as bancadas do DEM e do MDB patrocinam a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) apresentada por Rossi.

O mesmo confronto � esperado na sucess�o de Maia, que est� a seis meses de deixar a presid�ncia da C�mara. Lira � pr�-candidato ao posto e tem a simpatia do Planalto, embora Bolsonaro tamb�m goste do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), vice-presidente da C�mara e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. Maia n�o apoia Lira e quer fazer seu sucessor, lan�ando outro candidato com apoio do DEM e do MDB.

"Esse bloco permanece com uma candidatura mais ligada ao Planalto e n�s pretendemos ter uma candidatura com um pouco mais de independ�ncia, ligada � lideran�a Rodrigo Maia", afirmou o l�der do DEM na C�mara, Efraim Filho (PB).

Tamanho

Enquanto o desembarque n�o � oficializado, o "bloc�o" re�ne DEM, MDB, Progressistas, PL, PSD, Solidariedade, PTB, PROS e Avante e tem 221 deputados federais, o maior grupo da Casa. Formalizada em 2019 para a forma��o da Comiss�o Mista de Or�amento (CMO), a uni�o permitiu ao Centr�o ter 18 dos 40 assentos no colegiado mais cobi�ado do Congresso.

A CMO � respons�vel por analisar como e onde o governo vai gastar o dinheiro p�blico no ano seguinte e definir a destina��o das emendas parlamentares. A alian�a abrigava, ainda, PSL, PSDB e Republicanos, que j� haviam formalizado a sa�da do bloco anteriormente.

Somados, os partidos que formavam o grupo v�o manter a maioria no colegiado e, neste ano, ter�o metade das cadeiras da comiss�o. Isso porque as indica��es dos nomes foram feitas em fevereiro e, na pr�tica, a dissolu��o da alian�a em nada altera a distribui��o de vagas na Comiss�o Mista de Or�amento.

Desaven�as

Os �ltimos embates no plen�rio revelaram desaven�as no bloco. A tentativa de Lira de retirar a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) do Fundeb da pauta, na semana passada, a pedido do Pal�cio do Planalto, irritou o DEM e o MDB. "Isso foi bem simb�lico e a gente entendeu que era hora, realmente, de partir em linha pr�pria", afirmou Efraim Filho.

Horas antes da vota��o, no entanto, o Centr�o recuou e decidiu apoiar a prorroga��o do Fundeb. Esse tipo de requerimento s� pode ser apresentado por um l�der de bloco, o que, na pr�tica, faria o DEM e o MDB se submeterem � estrat�gia capitaneada pelo governo. "Foi bom enquanto durou, mas � hora de escolher um caminho pr�prio", disse Efraim.

Lira, por sua vez, minimizou o movimento dos colegas no Centr�o. "O bloco foi formado para o Or�amento e, naturalmente, se desfaz imediatamente ap�s a aprova��o. Esse bloco era para ter sido desfeito em mar�o. S� n�o foi por conta da pandemia", declarou o deputado do Progressistas.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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