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Estado de Minas POL�TICA

Esquema de propinas a Baldy turbinou contrato da Fiotec, afirma Lava Jato Rio


07/08/2020 11:16

O esquema de propinas envolvendo o ex-ministro das Cidades e secret�rio licenciado de Transportes Metropolitanos de S�o Paulo Alexandre Baldy levou ao direcionamento de um edital e � assinatura de um aditivo em contrato firmado pela Funda��o de Apoio � Fiocruz (Fiotec) e empres�rios investigados por desvios da sa�de no Rio. Os crimes teriam contado com aux�lio de um pesquisador da institui��o e foi coordenado pelo ex-presidente da Funda��o Nacional da Sa�de (Funasa), Rodrigo Dias, primo de Baldy.

As informa��es constam em relat�rio do Minist�rio P�blico Federal ao pedir a pris�o de Baldy na Opera��o Dardan�rios, deflagrada nessa quinta, 6. De acordo com os procuradores, ap�s ser indicado por Baldy ao cargo em 2016, Rodrigo Dias se reuniu com Edson Giorno e Ricardo Brasil para propor que a empresa deles, a Vertude, fosse contratada pelo �rg�o via Fiotec, que prestava servi�os para a Funasa. Os empres�rios se tornaram delatores e revelaram o esquema.

A Fiotec abriu edital para realiza��o pesquisas de satisfa��o ativa por telefone, �rea de atua��o da Vertude. Segundo a Lava Jato, o edital teria sido direcionado para atender a empresa, que visava um contrato de R$ 4,5 milh�es. Em troca, os empres�rios da Vertude fechariam propinas para Baldy e Rodrigo Dias.

"Mesmo com o direcionamento do procedimento realizado pela Fiotec, Funda��o de Apoio � Fiocruz, o preg�o eletr�nico ocorrido em 15.12.2017 foi competitivo. Por conseguinte, o valor de R$ 4.500.000,00 que havia sido combinado com Rodrigo Dias acabou sendo reduzido para R$ 2.780.000,00", apontou a Lava Jato.

Segundo os procuradores, para compensar a perda, Rodrigo Dias enviou carta em nome da Funasa � Fiocruz, alegando aumento da demanda do servi�o e a necessidade de um aditivo para a Vertude. A Lava Jato indica que neste momento, o pesquisador Guilherme Netto, preso nesta quinta, 6, pela Pol�cia Federal, solicitou a formaliza��o de uma proposta de aumento de contrato.

Dela��o do empres�rio Ricardo Brasil apontou que o Guilherme Netto era o seu 'ponto de contato', 'com quem eram feitas as reuni�es para o direcionamento do edital'.

"Como se verifica do relato, no in�cio da contrata��o Guilherme Netto j� atuou para direcionar o edital para a Vertude, se associando aos intentos de Rodrigo Dias e Alexandre Baldy, vindo a prosseguir nas tratativas para a implementa��o do aditivo contratual que fez com que o valor final atingisse a quantia inicialmente pretendida pelos interessados", anotaram os procuradores da Lava Jato.

De fato, a proposta de aditivo apresentada pela Verture foi de R$ 1,7 milh�o que, somados aos R$ 2,5 milh�es do contrato, atingiram a marca de R$ 4,5 milh�es fechados por Rodrigo Dias com os empres�rios em troca de propina.

Inicialmente, o presidente da Funasa receberia R$ 150 mil e Alexandre Baldy, que o indicou ao cargo, R$ 750 mil. Por�m, Rodrigo Dias pediu um aumento dos repasses, que chegaram a R$ 250 mil e R$ 900 mil, respectivamente.

As propinas foram entregues pessoalmente pelo empres�rio Edson Giorno, da Vertude, em diversas ocasi�es. Em uma delas, o dinheiro foi escondido em uma caixa de gravatas.

Ap�s a deflagra��o da Opera��o Dardan�rios e pris�o de Alexandre Baldy e do pesquisador Guilherme Netto, a Fiocruz abriu um procedimento interno para apurar as circunst�ncias envolvendo a participa��o do m�dico no esquema. A institui��o se disse surpresa com o caso, afirmando que Netto � um quadro muito respeitado dentro da funda��o.

O pesquisador foi o respons�vel por pesquisas importantes feitas no ano passado sobre o impacto das manchas de �leo no litoral do Nordeste e sobre o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG).

Baldy, por sua vez, anunciou que ficar� 30 dias afastado do cargo de secret�rio de Transportes Metropolitanos para focar em sua defesa. Em nota, o advogado Pierpaolo Cruz Botini, que defende o ex-ministro, disse que a pris�o foi uma medida descabida e que ser�o adotadas medidas para sua revoga��o.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA PIERPAOLO CRUZ BOTINI, DEFENSOR DE BALDY

Alexandre Baldy tem sua vida - particular e p�blica - pautada pelo trabalho, corre��o e retid�o. Ao estar em cargos p�blicos, fica sujeito a questionamentos. Foi desnecess�rio e exagerado determinar uma pris�o por fatos de 2013, ocorridos em Goi�s, dos quais Alexandre n�o participou.
Alexandre sempre esteve � disposi��o para esclarecer qualquer quest�o, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que s�o mencionados nesta situa��o. A medida � descabida e as provid�ncias para a sua revoga��o ser�o tomadas.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE TRANSPORTES METROPOLITANOS

Na manh� de hoje (6), a Pol�cia Federal esteve na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em S�o Paulo, cumprindo mandado de busca e apreens�o da Opera��o Dardan�rios, que foi expedido pela 7� Vara Federal do Rio de Janeiro. Importante ressaltar que tal opera��o n�o tem rela��o com a atual gest�o do Governo de S�o Paulo. A STM colaborou junto � PF enquanto estiveram no pr�dio. Ap�s as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Pol�cia Federal.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR JO�O DORIA

Os fatos que levaram as acusa��es contra Alexandre Baldy n�o t�m rela��o com a atual gest�o no Governo de S�o Paulo. Portanto, n�o h� nenhuma implica��o na sua atua��o na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condi��o de Governador de S�o Paulo, tenho convic��o de que Baldy saber� esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justi�a.

COM A PALAVRA, A PR�-SAUDE

A Pr�-Sa�de informa que, desde 2017, tem colaborado de forma irrestrita com as investiga��es e vem adotando a��es para o fortalecimento de sua integridade institucional.


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