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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro passa a ser assediado por partido


15/08/2020 12:30

H� nove meses sem partido e ainda com dificuldades para tirar do papel o Alian�a pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro passou a ser cortejado por outras siglas com promessas que v�o da fidelidade em vota��es no Congresso, controle de diret�rios regionais a dinheiro para bancar sua campanha � reelei��o, em 2022. O presidente admitiu o "ass�dio" de ao menos quatro legendas, mas disse que est� conversando para decidir qual proposta aceitar�.

O Progressistas, o PTB e o PSL, partido pelo qual o presidente foi eleito em 2018, confirmaram conversas com Bolsonaro. Neste �ltimo, a reconcilia��o depende ainda de um processo de pacifica��o interna na legenda, que inclui extinguir puni��es impostas a 19 deputados aliados ao governo, entre eles o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (SP).

"Diante da quase inviabilidade do Alian�a, eles renunciariam ao pedido de cria��o do partido e ficariam no PSL definitivamente. Em troca, far�amos uma revis�o antecipada das san��es", disse o presidente do PSL, Luciano Bivar, ao Estad�o/Broadcast, afirmando que ainda n�o teve uma resposta de Bolsonaro, mas que aguarda a evolu��o das conversas.

Lan�ado em novembro do ano passado, ap�s o rompimento de Bolsonaro e Bivar, o Alian�a havia conseguido apenas 3% das 490 mil assinaturas necess�rias para conseguir o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) at� o fim de julho. Segundo representantes da nova sigla, o processo ainda est� em andamento e j� h� 200 mil apoiadores, a maioria ainda pendente do aval da Corte.

Foi o pr�prio presidente, no entanto, que colocou em d�vida a viabilidade do projeto anteontem, em transmiss�o ao vivo pela internet. "N�o posso investir 100% no Alian�a, em que pese o esfor�o de muita gente pelo Brasil. Eu tenho de olhar outros partidos. Tenho recebido convites. Em tr�s partidos, me convidaram para conversar. Um foi o Roberto Jefferson. Tem mais dois partidos tamb�m. J� conversei com os presidentes desses dois outros partidos. Tem uma quarta hip�tese a�, o PSL", afirmou.

Apesar das conversas com Bivar, parlamentares do PSL, como o senador Major Olimpio (SP) e o deputado federal Junior Bozzella (SP), se adiantaram em dizer que Bolsonaro n�o � bem-vindo.

Vantagem

O motivo do desentendimento, no ano passado, foi o controle da superpot�ncia partid�ria que o PSL se tornou. Na onda do "bolsonarismo", a sigla pulou de quatro para 52 deputados eleitos na C�mara, atr�s apenas do PT, que elegeu 54.

O sucesso nas urnas se refletiu nos cofres do partido, que passou a ter o segundo maior quinh�o do dinheiro p�blico que abastece as legendas e na propaganda eleitoral na TV e no r�dio - os crit�rios para a divis�o levam em conta a vota��o para a C�mara. Estes fatores podem pesar na escolha do presidente, que poder� usar estas vantagens na sua campanha � reelei��o.

Correndo por fora, o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), disse que j� teve diversas conversas com Bolsonaro. A legenda passou a integrar oficialmente a base aliada do Congresso recentemente, como parte da estrat�gia do Pal�cio do Planalto de se aproximar do Centr�o. Al�m cargos no Executivo, Bolsonaro entregou nesta semana a lideran�a na C�mara para o deputado Ricardo Barros (PR). "Toda vez fala em tom de brincadeira que est� com saudade do partido e eu disse a ele que ningu�m se perde no caminho de casa", disse Nogueira. Bolsonaro foi filiado � sigla entre 2005 e 2016.

Al�m do apoio no Congresso, Nogueira declarou "fidelidade" ao projeto de reelei��o de Bolsonaro. "Ofereci a ele o partido, que � o maior do centro, tempo de televis�o e fidelidade total ao projeto de reelei��o", disse o senador, com a ressalva de que o apoio independe de Bolsonaro aceitar o convite.

Tamb�m na disputa pela filia��o de Bolsonaro, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, prometeu dissolver todos os seus diret�rios regionais e compor novas chapas ao lado do presidente. "Ele achou excelente e disse �Roberto, em voc� eu confio, voc� � um homem de palavra�", disse Jefferson.

Para o vice-presidente do Alian�a, Lu�s Felipe Belmonte, o ass�dio a Bolsonaro ocorre na esteira da melhora da aprova��o do governo, mas garante que a legenda estar� pronta at� 2022. "Agora todo mundo quer o presidente no partido, mas ele n�o disse que n�o vai fazer o Alian�a. Falou apenas que est� analisando outras situa��es", disse Belmonte. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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