
Segundo Santos, Ramon esteve pessoalmente na Secretaria de Sa�de do Rio, "utilizando-se da proximidade com Mariana Scardua (ex-subsecret�ria de gest�o da Aten��o � Sa�de), pressionando para a contrata��o de empresas de M�rio Peixoto, queixando-se do controle da pasta pelo grupo do pastor Everaldo".
Integrante do governo desde o in�cio do mandato de Witzel, Mariana respondia por �reas envolvidas no combate ao coronav�rus durante a pandemia e teria sido indicada por Ramon.
Edmar Santos foi preso no dia 10 de julho sob acusa��o de integrar suposta organiza��o criminosa que teria fraudado contratos de compra de respiradores pulmonares para combate � pandemia do novo coronav�rus.
O ex-secret�rio do Rio fechou dela��o com o MPF e foi solto no �ltimo dia 6, ap�s decis�o dada a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica pelo Superior Tribunal de Justi�a.
Al�m de Ramon, Edmar Santos tamb�m reconheceu outras duas pessoas no depoimento prestado � Lava Jato: um suposto operador financeiro e ainda um homem que era respons�vel pela Organiza��o Social Idab "que empregava funcion�rios indicados por parlamentares".
Os relatos foram colhidos na �ltima quarta, 12, e enviados � Subprocuradora-Geral da Rep�blica Lind�ra Maria Araujo. No mesmo dia, ela encaminhou as novas informa��es ao ministro Benedito Gon�alves, do Superior Tribunal de Justi�a.
Gon�alves � relator da Opera��o Placebo, investiga��o sobre supostos desvios de recursos p�blicos destinados ao atendimento do estado de emerg�ncia de sa�de p�blica do novo coronav�rus no Rio que fez buscas contra Witzel em maio.
Relatos da pris�o
Em um dos trechos que Lind�ra enviou ao STJ nesta quarta, 12, Edmar Santos relatou duas situa��es que ocorreram enquanto esteve custodiado no Batalh�o Especial Prisional de Niter�i.
Edmar Santos afirmou aos procuradores que durante o per�odo no Batalh�o, um sargento que estava preso, "tentou por diversas formas obter informa��es" dele, dizendo ser pr�ximo ao deputado Marcio Canella e outros pol�ticos. Segundo o ex-secret�rio de Sa�de do Rio, o sargento tentava buscar informa��es a respeito de poss�vel colabora��o, de maneira indireta, por meio de sondagens. O preso ainda dizia ter sido candidato a vereador por Belford Roxo ou Nova Igua�u, disse Santos.
O ex-secretario de Witzel tamb�m alegou que, 10 dias antes de sua soltura, o Tenente Cabana o procurou e reservadamente disse que um capit�o do seu batalh�o teria mandado dizer que o Edmar deveria trocar de advogado e que, caso obedecesse, "o grupo n�o abandonaria".
Edmar Santos diz ter entendido a frase em dois sentidos: "'o primeiro de apoio financeiro e no segundo um tom de amea�a".
O delator disse ainda acreditar que o grupo era o "do pastor Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo, em raz�o dos mesmos j� terem adotado o mesmo expediente anteriormente, como no caso Gabriell Neves que tamb�m teve advogado custodiado pela organiza��o criminosa".
Segundo Santos, a frase mencionada por Cabana teria sido "uma mensagem de que caso fizesse acordo de colabora��o estaria traindo o grupo".
COM A PALAVRA, O GOVERNADOR DO RIO
A reportagem busca contato com o governo do Rio. O espa�o est� aberto para manifesta��es.
COM A PALAVRA, OS DEMAIS CITADOS
A reportagem busca contato com os citados na dela��o de Edmar Santos. O espa�o est� aberto para manifesta��es.