O ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica S�rgio Moro saiu em defesa do procurador Deltan Dallagnol �s v�speras de julgamento no Conselho Nacional do Minist�rio P�blico que pode resultar em puni��o ao chefe da for�a-tarefa da Lava Jato no Paran�. Ao Estad�o, Moro afirmou que a Constitui��o prev� 'prerrogativas importantes' aos membros do Minist�rio P�blico, entre elas a de n�o poder ser removido. "Isso � uma garantia legal para que os procuradores possam atuar com seguran�a, independ�ncia e protegidos de influ�ncias pol�ticas", afirmou.
Ex-juiz da 13� Vara Federal de Curitiba, onde tramitam as investiga��es e a��es penais da Lava Jato no Paran�, Moro defendeu que o trabalho da for�a-tarefa, sob coordena��o de Deltan, '� um marco para o combate � corrup��o e tem o apoio da sociedade brasileira'. Logo em seguida o ex-ministro postou a nota em seu perfil no Twitter
Tr�s procedimentos envolvendo o chefe da Lava Jato em Curitiba est�o pautados para a sess�o do chamado 'Conselh�o' nesta ter�a, 18, entre eles um pedido de remo��o por interesse p�blico.
O procurador chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para travar dois deles - a��es disciplinares movidas por Renan Calheiros (MDB-AL) e K�tia Abreu (PP-TO) que envolvem publica��o nas redes sociais e supostas atitudes de promo��o pessoal. O terceiro tem rela��o com o powerpoint contra Lula.
Na �ltima semana, a for�a-tarefa da opera��o em Curitiba divulgou nota em defesa de Deltan, afirmando que a atua��o do procurador � 'correta, dedicada e corajosa' e comprometida com a causa anticorrup��o.
O grupo argumenta que as representa��es em julgamento n�o foram provadas ou incluem epis�dios arquivados pela Corregedoria e foram trazidas � tona em um 'movimento de rea��o aos avan�os contra a corrup��o visando a impedir ou macular investiga��es'.
Neste s�bado, 15, integrantes do Minist�rio P�blico em todo Pa�s iniciaram um abaixo-assinado defendendo a 'import�ncia das garantias constitucionais da inamovibilidade e da independ�ncia funcional para o regular cumprimento das suas relevantes fun��es em defesa da sociedade'.
At� a tarde deste domingo, 16, o documento contava com mais de 2.250 assinaturas, entre procuradores da Rep�blica e dos outros ramos do Minist�rio P�blico da Uni�o, al�m de promotores e procuradores de Justi�a que integram os quadros do MP nos Estados.
"A pretens�o de utilizar a remo��o compuls�ria de membros do Minist�rio P�blico com fundamento no interesse p�blico s� se justifica em casos absolutamente excepcionais, em que reste devidamente comprovada a completa falta de compromisso e responsabilidade do agente com o cargo exercido", diz o documento.
POL�TICA