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Estado de Minas POL�TICA

Ricardo Barros:'Temos que ter flexibilidade para construir base segura�


22/08/2020 12:00

Um dia ap�s passar pelo "teste de fogo" como novo l�der do governo na C�mara ao conseguir manter o veto presidencial ao reajuste do funcionalismo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que pretende trabalhar para construir uma base parlamentar segura ao presidente Jair Bolsonaro, mas admitiu que em alguns assuntos haver� mais dificuldades, como projetos relacionados a pautas de costumes. "Reconhe�o que os partidos que s�o base do governo eventualmente n�o acompanham a pauta de costumes porque interpretam n�o como uma pauta de governo, mas do presidente", disse ele ao Estad�o/Broadcast.

Ex-l�der do governo durante a presid�ncia de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e vice-l�der dos governos de Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, o parlamentar se gaba de se relacionar bem com a oposi��o. Afirmou que tem "tr�nsito livre" com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "O presidente da C�mara � influente no plen�rio e, quando ele acompanha, as coisas facilitam", afirmou Barros.

Ao conseguir manter o veto ao reajuste de servidores, o governo, finalmente, construiu uma base ou seguir� tendo de negociar a cada vota��o?

Eu trabalho com um mapa de vota��o. Ontem, sab�amos que t�nhamos voto para manter o veto. Sou engenheiro, fa�o contas. N�o � toda vota��o que teremos todos os votos. Temos que ter a flexibilidade de entender como cada vota��o reflete na base do parlamentar. � assim que podemos construir uma base segura, harm�nica e permanente.

Sem Rodrigo Maia, o governo conseguiria manter o veto ao reajuste de servidores?

N�o posso te responder isso. Agrade�o muito a participa��o do presidente Rodrigo Maia. Como nossa pauta � convergente sobre esse tema, � muito importante que fiz�ssemos essa vota��o conjunta.

Com a chegada do sr., melhora a rela��o entre o governo e o presidente da C�mara?

Eu diria que sim. Tenho tr�nsito livre com Maia. Fui l�der do presidente Fernando Henrique Cardoso, me dou muito bem com o PSDB. Fui vice-l�der dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT, e me dou muito bem com a oposi��o. A turma aqui diz que eu seguro fio desencapado. Eu sou um pol�tico de resultados.

O processo de impeachment � um fio desencapado?

N�o, nenhuma possibilidade de impeachment. O Maia j� declarou publicamente que n�o h� nenhuma chance de ele abrir o impeachment. Esse risco nunca existiu na verdade. H� sempre uma tentativa da forma��o de opini�o de que a constru��o de uma base se d� por troca de algum interesse e n�o por cumprimento de compromissos que foram feitos na campanha. Ficam tentando criar um "toma l�, d� c�" que n�o existe.

O que fez o governo mudar de postura em rela��o ao Centr�o?

O governo amadureceu. O presidente Bolsonaro come�ou o seu governo se relacionando com frentes parlamentares que indicaram ministros. Depois de um ano, percebeu que as bancadas n�o indicam a vota��o dos parlamentares no plen�rio, n�o indicam os membros das comiss�es, nem relatores das mat�rias. Quem faz isso s�o os partidos. Ainda precisamos concluir as condi��es desta parceria para que a gente possa, em um determinado momento, ter uma base s�lida.

Qual foi o pedido do presidente ao formalizar o convite para o sr. assumir a lideran�a?

Em espec�fico nada. Tudo est� impl�cito na fun��o. Por dez anos, fomos juntos do PP, tenho toda a liberdade. S� disse a ele: "Presidente, a palavra do l�der n�o pode nunca ser deixada de ser cumprida". Compromisso assumido, compromisso cumprido. Tivemos algumas dificuldades com vetos que s�o fruto de acordo, a� desgasta o l�der.

A falta de compromisso do governo � uma reclama��o. O sr. imp�s essa condi��o?

N�o estou condicionando nada. Se o governo n�o me der condi��es de trabalho, vai ter dificuldade de articula��o. Se o l�der n�o tem credibilidade, o governo sofre nas vota��es.

O sr. vai defender a vota��o de projetos sobre porte de armas e pautas de costumes, bandeiras do presidente?

Vou trabalhar para aprovar os projetos de interesse do governo na C�mara. Reconhe�o que os partidos que s�o da base eventualmente n�o acompanham a pauta de costumes porque interpretam n�o como uma pauta de governo, mas uma pauta do presidente.

Mas acha poss�vel votar essas pautas ainda neste ano?

Algumas sim. N�o posso ainda afirmar quais porque n�o tive tempo de checar isso. Peguei uma emerg�ncia e n�o tive tempo, mas eu vou ver o que tem voto e vou tentar costurar maioria para aprovar a pauta do presidente.

O sr. � ex-ministro da Sa�de e � sempre mencionado para assumir a pasta, que h� tr�s meses � conduzida de forma interina pelo general Eduardo Pazuello. Qual a sua avalia��o do enfrentamento da pandemia no Pa�s?

Eu defendo a perman�ncia do general Pazuello, ele entregou nesta semana o Comando da Amaz�nia. Ele n�o era efetivo, porque n�o era poss�vel acumular. O ministro Pazuello faz excelente gest�o.

Em entrevista ao Estad�o, Maia defendeu um "muro" para separar as For�as Armadas do governo. Acha que isso precisa ser discutido?

N�o tenho nenhuma restri��o � participa��o de militares da ativa no governo. Essa discuss�o n�o � um contexto �nico, est� dentro do contexto da quarentena para ju�zes e promotores. O fato � que � preciso ter uma regra, porque n�o podemos ter ju�zes dando despachos espetaculosos para formar popularidade e depois entrar na pol�tica.

Como o sr. v� os movimentos para a reelei��o de Maia, na C�mara, e de Davi Alcolumbre, no Senado?

C�mara e Senado s�o poderes independentes. O governo n�o se mete em elei��o de outro Poder.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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