
"O tribunal � de todos os ministros, mas muito mais da cidadania brasileira. Insisto na ideia de uma gest�o participativa, contando com a colabora��o e a opini�o de todos os ministros, porque acredito que todas as decis�es adotadas pela presid�ncia repercutem diretamente no dia a dia de todos os ministros", afirmou Martins.
Ele tamb�m destacou que "o dono do poder � o cidad�o" e se comprometeu a atuar por garantir maior celeridade e transpar�ncia nos atos jur�dicos. "Procurarei agir como sempre atuei, com a consci�ncia de que o poder, inerente aos cargos, deve sempre ser utilizado para fazer o bem, distribuir a Justi�a e contribuir para a promo��o do respeito da dignidade humana."
Ele afirmou, ainda, que a pandemia do novo coronav�rus "balan�a os alicerces da civiliza��o humana e mundial". "Vamos vencer a pandemia, pois Deus est� no comando do tempo", declarou.
O presidente Jair Bolsonaro participou presencialmente da cerim�nia, mas, como de praxe neste tipo de evento, n�o discursou. Tamb�m estavam o vice-presidente da Rep�blica, Hamilton Mour�o; os presidentes da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; e o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras. O evento foi restrito para convidados e foi transmitido ao vivo pelo canal do STJ no YouTube.
Outras autoridades acompanharam a cerim�nia por videoconfer�ncia, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, que est� na Granja do Torto, onde vive.
O magistrado alagoano, de 63 anos, chega ao comando do STJ, depois de uma turbulenta gest�o de seu antecessor, Jo�o Ot�vio de Noronha, considerado centralizador e pouco aberto ao di�logo pelos seus pares. Nos bastidores, Noronha foi atacado por atender aos interesses do Pal�cio do Planalto e colocar em pris�o domiciliar o ex-assessor parlamentar Fabr�cio Queiroz e sua mulher, M�rcia Oliveira de Aguiar, ent�o foragida da Justi�a.
Martins chegou ao STJ em 2006 por indica��o do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, com forte apoio do senador Renan Calheiros (MDB-AL), de quem � pr�ximo.
O novo presidente do STJ � um dos nomes cotados por auxiliares de Jair Bolsonaro para as duas vagas que ser�o abertas no STF ao longo do mandato do chefe do Executivo - Celso de Mello se aposenta em novembro deste ano; Marco Aur�lio Mello, em 2021. Bolsonaro j� disse reiteradas vezes que pretende indicar um nome "terrivelmente evang�lico" para o Supremo. Evang�lico - mas "n�o terrivelmente evang�lico", segundo suas pr�prias palavras -, Martins costuma afirmar que busca "seguir os ensinamentos do nosso Cristo e da nossa B�blia Sagrada".