O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que seria "inaceit�vel" uma ordem para sua pris�o nas investiga��es que miram suposto pagamento de propinas por contratos na �rea da sa�de. Em entrevista � rede CNN Brasil, o ex-juiz tamb�m diz que seu vice, Cl�udio Castro (PSC), est� apenas "fazendo o trabalho dele" ao se aproximar da fam�lia Bolsonaro.
Witzel � acusado de receber propinas em troca de contrato com organiza��es sociais da �rea da sa�de. As vantagens indevidas supostamente eram lavadas no escrit�rio da primeira-dama, Helena. O esquema contaria com atua��o do presidente do PSC, Pastor Everaldo, preso na �ltima sexta, 28, e o empres�rio M�rio Peixoto, investigado na Lava Jato.
O governador foi afastado na sexta por decis�o monocr�tica do ministro Benedito Gon�alves, do Superior Tribunal de Justi�a. O magistrado negou o pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica, que chegou a pedir a pris�o de Witzel. Segundo Gon�alves, a sa�da do cargo j� seria suficiente para �fazer cessar as supostas atividades de corrup��o e lavagem de dinheiro�.
"Eu tenho absoluta certeza que isso seria inaceit�vel, uma determina��o de pris�o, diante de todas as medidas que j� tomei at� agora", afirmou, alegando que afastou servidores ligados aos esquemas de corrup��o investigados. "Na decis�o de afastamento n�o h� nenhum fato concreto que tenha estabelecido que eu n�o estava contribuindo com as investiga��es".
O governador recorreu ao Supremo para retomar o cargo, e diz estar sendo v�tima de �persegui��o�. Enquanto uma decis�o n�o sai, o governo estadual � liderado pelo vice Cl�udio Castro (PSC), que nesta segunda entrou em contato com o senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para tratar do Regime de Recupera��o Fiscal (RRF), medida do governo federal para auxiliar estados com dificuldades para fechar as contas p�blicas.
A mensagem sinalizou a retomada do di�logo entre o Pal�cio Guanabara e o Planalto, suspensas desde o racha entre Witzel e a fam�lia Bolsonaro no ano passado. Na entrevista, o governador afastado minimizou a aproxima��o do vice com seus advers�rios pol�ticos e negou que tenha fechado as portas ao presidente.
Paulo Roberto Netto/S�O PAULO e Fabio Grellet/RIO
31 de agosto de 2020 | 19h29
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que seria �inaceit�vel� uma ordem para sua pris�o nas investiga��es que miram suposto pagamento de propinas por contratos na �rea da sa�de. Em entrevista � rede CNN Brasil, o ex-juiz tamb�m diz que seu vice, Cl�udio Castro (PSC), est� apenas �fazendo o trabalho dele� ao se aproximar da fam�lia Bolsonaro.
Witzel � acusado de receber propinas em troca de contrato com organiza��es sociais da �rea da sa�de. As vantagens indevidas supostamente eram lavadas no escrit�rio da primeira-dama, Helena. O esquema contaria com atua��o do presidente do PSC, Pastor Everaldo, preso na �ltima sexta, 28, e o empres�rio M�rio Peixoto, investigado na Lava Jato.
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O governador foi afastado na sexta por decis�o monocr�tica do ministro Benedito Gon�alves, do Superior Tribunal de Justi�a. O magistrado negou o pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica, que chegou a pedir a pris�o de Witzel. Segundo Gon�alves, a sa�da do cargo j� seria suficiente para �fazer cessar as supostas atividades de corrup��o e lavagem de dinheiro�.
"Eu tenho absoluta certeza que isso seria inaceit�vel, uma determina��o de pris�o, diante de todas as medidas que j� tomei at� agora", afirmou, alegando que afastou servidores ligados aos esquemas de corrup��o investigados. "Na decis�o de afastamento n�o h� nenhum fato concreto que tenha estabelecido que eu n�o estava contribuindo com as investiga��es".
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Foto: Adriano Machado / Reuters
O governador recorreu ao Supremo para retomar o cargo, e diz estar sendo v�tima de �persegui��o�. Enquanto uma decis�o n�o sai, o governo estadual � liderado pelo vice Cl�udio Castro (PSC), que nesta segunda entrou em contato com o senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para tratar do Regime de Recupera��o Fiscal (RRF), medida do governo federal para auxiliar estados com dificuldades para fechar as contas p�blicas.
A mensagem sinalizou a retomada do di�logo entre o Pal�cio Guanabara e o Planalto, suspensas desde o racha entre Witzel e a fam�lia Bolsonaro no ano passado. Na entrevista, o governador afastado minimizou a aproxima��o do vice com seus advers�rios pol�ticos e negou que tenha fechado as portas ao presidente.
"O vice-governador est� fazendo o papel dele. Eu sempre estive � disposi��o do governo federal, nunca fechei as portas, nunca fechei o di�logo a quem quer que fosse", afirmou. Witzel tamb�m afirmou que n�o tinha a inten��o de disputar a presid�ncia da Rep�blica contra Bolsonaro em 2022. "Meu objetivo era seguir junto e formarmos uma nova lideran�a pol�tica no Pa�s".
Witzel diz que Fl�vio indicou secret�rios para o governo; senador reage: �Mentiroso�
Na mesma entrevista, o governador afastado Wilson Witzel afirmou que nomeou dois de seus secret�rios, Gutemberg Fonseca (Governo) e Leonardo Rodrigues (Ci�ncia e Tecnologia), por indica��o de Fl�vio Bolsonaro. A declara��o provocou rea��o do senador, que chamou o ex-juiz de �mentiroso�.
"Al�m de traidor e psicopata, (Witzel) � mentiroso! No dia seguinte � sua elei��o pedi meu espa�o em seu governo: NENHUM!", escreveu Fl�vio, no Twitter. "N�o cola a estrat�gia infantil de Witzel de me vincular �s suas roubalheiras, conhecidas em qualquer roda pol�tica e assunto de conversas de botequim", completou o senador.
At� a publica��o desta reportagem, Witzel n�o havia se manifestado sobre as cr�ticas recebidas.
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