Lula diz que Bolsonaro comete sorrateiramente crime de lesa-p�tria

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou que o Brasil vive um dos piores momentos da hist�ria e disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveita "o sofrimento coletivo para sorrateiramente cometer um crime de lesa-p�tria". Em v�deo publicado durante o feriado da Independ�ncia, nesta segunda-feira (7), o ex-presidente defendeu que seria poss�vel evitar "tantas mortes" pela pandemia do novo coronav�rus e criticou "a substitui��o da dire��o do Minist�rio da Sa�de por militares sem experi�ncia m�dica ou sanit�ria".

"Estamos entregues a um governo que n�o d� valor � vida e banaliza a morte. Um governo insens�vel, irrespons�vel e incompetente que desrespeitou normas da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e converteu o coronav�rus em uma arma de destrui��o em massa", afirmou Lula.

O ex-presidente tamb�m tratou de assuntos como os protestos por equidade racial nos Estados Unidos, a rela��o com pa�ses vizinhos na Am�rica Latina e as elei��es de 2018. Segundo Lula, as elites conservadoras brasileiras "aceitaram como natural a fuga de Bolsonaro dos debates, derramaram rios de dinheiro na ind�stria das fake news, fecharam os olhos para seu passado aterrador e fingiram ignorar o discurso em defesa da tortura e apologia p�blica em defesa do estupro". "As elei��es de 2018 jogaram o Brasil em um pesadelo que n�o parece ter fim", concluiu.

Amaz�nia

Durante a transmiss�o, Lula criticou a condu��o das atuais pol�ticas ambientais de preserva��o da floresta Amaz�nica e disse ser necess�ria a presen�a de cientistas, antrop�logos e pesquisadores para "estudar a fauna e a flora e empregar esse conhecimento na farmacologia, na nutri��o e em todos os campos da ci�ncia respeitando a cultura e a organiza��o social dos povos ind�genas".

Segundo dados do sistema Deter - do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia - o desmatamento nas �reas protegidas da floresta atingiram 1.008 km2 entre agosto de 2019 e julho deste ano, alta de 40% em rela��o aos 12 meses anteriores.