(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ELEI��ES 2020

Corrida pelo comando da Prefeitura de Belo Horizonte tem 16 candidatos

Partidos encerram conven��es, mas ainda pode fazer composi��o de chapas de olho no Executivo municipal


17/09/2020 06:00 - atualizado 17/09/2020 08:30

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)


A disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte tem 16 candidatos. No �ltimo dia para a realiza��o de conven��es partid�rias, foram oficializados os nomes de Luisa Barreto (PSDB), Jo�o V�tor Xavier (Cidadania), Wadson Ribeiro (PCdoB) e Cabo Washington Xavier (PMB). Tr�s n�o formaram alian�as com outras legendas. Acordos do tipo foram firmados apenas pelo deputado estadual e radialista Jo�o V�tor, cuja coliga��o, al�m de sua sigla, ter� DEM, PSB, PSL, PL, PTB e PMN. Luisa � ex-secret�ria-adjunta de Planejamento e Gest�o do governo Zema (Novo). Wadson, que j� ocupou a secretaria de Estado de Desenvolvimento Integrado no governo Fernando Pimentel (PT), � ex-deputado federal. Washington Xavier � policial militar. O vice da chapa tucana, Juvenal Ara�jo, � um dos fundadores do Tucanafro, bra�o da legenda voltado � discuss�o de temas ligados � popula��o afrodescendente. Coube ao DEM indicar Leonardo Bortoletto para compor chapa com o candidato do Cidadania, enquanto o PCdoB aposta em K�tia Vergilio, ligada � luta por moradia na capital. O PMB ainda n�o definiu quem ser� vice. O  n�mero pode ficar menor do que 16, entretanto, porque ainda � poss�vel haver composi��o entre os candidatos.

Luisa Barreto deixou o Executivo estadual em junho para disputar a elei��o. Ela elencou mobilidade urbana, educa��o e economia como prioridades do plano de governo. A tucana pretende atacar, sobretudo, os problemas gerados pela pandemia do novo coronav�rus. “Belo Horizonte precisa, especialmente neste momento, de vitalidade econ�mica, que n�o tem. Trabalharemos muito para melhorar a vida de empregados e empregadores. Vamos fazer isso com muita simplifica��o e redu��o da burocracia”, afirmou, em entrevista coletiva. Lu�sa pretende ainda encampar a bandeira do que chamou de “cidade colaborativa”, valorizando a participa��o popular.

Com grande leque de apoio, Jo�o V�tor Xavier – que comp�e a equipe esportiva da r�dio Itatiaia – v� o pleito deste ano para debater problemas e solu��es para BH. “Toda elei��o � uma boa oportunidade de dialogar, discutir a cidade, os problemas, ver o que est� bom e pode melhorar, o que est� ruim e precisa ser corrigido”, destacou. Ele est� no Parlamento estadual desde 2011. Antes, foi vereador por dois anos. O PSB – que compor� a alian�a em torno do Cidadania –  teria o deputado federal J�lio Delgado na disputa pela prefeitura, mas recuou para fortalecer a candidatura do deputado. 

Ainda ontem, o prefeito Alexandre Kalil (PSD), candidato � reelei��o, ganhou o apoio de mais um partido na busca pela reelei��o: trata-se do PV. Rede, Democracia Crist� (DC), PDT, MDB e PP tamb�m v�o compor a coliga��o.

Os candidatos � PBH


  • Alexandre Kalil (PSD) 
  • �urea Carolina (Psol)
  • Bruno Engler (PRTB)
  • Cabo Xavier (PMB)
  • Fabiano Cazeca (Pros) 
  • Igor Timo (Podemos)
  • Jo�o V�tor Xavier (Cidadania)
  • Lafayette Andrada (Republicanos)
  • Luisa Barreto (PSDB)
  • Marcelo de Souza e Silva(Patriota)
  • Mar�lia Domingues(PCO)
  • Nilm�rio Miranda(PT)
  • Prof. Wendel Mesquita(Solidariedade)
  • Rodrigo Paiva (Novo)
  • Wadson Ribeiro (PCdoB)
  • Wanderson Rocha (PSTU)

Homem no Partido da Mulher

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) escolheu um homem — Cabo Washington Xavier — para disputar a PBH. O policial diz ter chegado ao partido h� duas semanas, j� que, por ser militar, tem a prerrogativa de n�o precisar se filiar dentro do prazo estipulado. Ele recha�ou a observa��o sobre a contradi��o de um homem assumir a disputa pela agremia��o, em tese, voltada para o sexo feminino. “Estamos acima de quest�es ideol�gicas e de g�nero”, argumentou. Cabo Xavier diz que a proposta do PMB �, sobretudo, ‘’valorizar a mulher como ser pol�tico”. “E sempre fui um defensor das mulheres.”

Ex-bolsonarista assumido, Cabo Xavier justifica a dissid�ncia afirmando que o presidente Jair Bolsonaro � hoje um “um homem de boas ideias, mas mal assessorado”. Ele j� tentou fundar um partido, em 2012. O Partido da Defesa Social (PDS), no entanto, n�o conseguiu o registro em definitivo na Justi�a Eleitoral. Antes do sinal verde do PMB, tentou, sem sucesso, emplacar a candidatura pelo PL e, ainda, pelo PMN.

Durante o lan�amento da candidatura de Luisa Barreto, o presidente do PSDB em Minas Gerais, Paulo Abi Ackel, disse acreditar na chapa puro-sangue como boa oportunidade de propagandear os ideiais tucanos. “A defesa da social-democracia � uma de nossas metas para essa elei��o. Por isso, viemos com uma candidatura inteiramente social-democrata”, justificou ele, que � deputado federal.

Quem tem opini�o semelhante � o comunista Wadson Ribeiro. “Achamos que agora era o momento de o PCdoB mostrar sua cara pr�pria, suas propostas e como ele governa. � um espa�o para que a gente possa apresentar as ideias do partido � sociedade de Belo Horizonte”, explicou. O PCdoB manteve conversas com outros partidos, mas as tratativas n�o evolu�ram. Ele acredita que o cen�rio eleitoral foi impactado pelo impedimento de formar coliga��es para chapas legislativas. A nova regra, na vis�o de Wadson, fez os partidos se movimentarem para lan�ar candidatos a prefeito.

Os comunistas apostam em candidatura pr�pria a prefeito de Belo Horizonte ap�s tr�s elei��es de hiato. Em 2008, J� Moraes disputou a elei��o em coliga��o com o PRB. Nas elei��es de 2012 e 2016, contudo, o partido formou alian�as com Patrus Ananias e Reginaldo Lopes, representantes do PT nos respectivos pleitos.  A �ltima candidata do PCdoB � PBH antes de 2020, ali�s, vai concorrer � C�mara Municipal. O PSDB, por outro lado, disputou a elei��o de 2016 por meio do deputado estadual Jo�o Leite. Os tucanos foram apoiados PPS (atual Cidadania), PP, Democratas, PRB (atual Republicanos) e PRTB.

Wadson Ribeiro prop�e o desenvolvimento de um plano de obras de infraestrutura para gerar empregos e preparar a cidade antes o per�odo de chuvas que, historicamente, causa problema. O comunista cr� ainda na necessidade �nibus mais baratos. “Por que o transporte, al�m de ser p�blico, n�o pode ser gratuito? Porque quem tem que bancar os custos do transporte � o pobre coitado que usa o �nibus? Precisamos criar um fundo municipal de transporte, pois precisamos faz�-lo ser gratuito”, afirmou.

Novo prazo


O PT, de Nilm�rio Miranda, tamb�m n�o fechou acordos. O PCO, de Mar�lia Domingues, e o PSTU, de Wanderson Rocha, s�o outros partidos sem coliga��o. Fabiano Cazeca (Pros), Marcelo de Souza e Silva (Patriota), Lafayette Andrada (Republicanos), Igor Timo (Podemos) e Bruno Engler (PRTB) podem seguir o mesmo caminho. Solidariedade e Avante negociaram a jun��o de suas pretens�es para a elei��o, mas n�o chegaram a um consenso.
 
O Avante tinha Fernando Borja como pr�-candidato e queria Wendel Mesquita como vice. Como as conversas n�o evolu�ram, o Solidariedade acabou oficializando chapa puro-sangue, com Wendel e Sara Bini como vice. O nome de Borja, contudo, n�o foi oficializado na conven��o municipal, empurrando a decis�o para a executiva estadual.

Agora, ap�s as conven��es, os partidos t�m at� 26 de setembro para registrar candidaturas na Justi�a Eleitoral. As propagandas eleitorais poder�o come�ar j� no dia seguinte. O primeiro turno da elei��o est� agendado para 15 de novembro. Se houver necessidade, o segundo turno ocorrer� duas semanas depois, no dia 29.


Disputa pulverizada

A elei��o deste ano em Belo Horizonte ter� n�mero recorde de candidatos. Efeito, sobretudo, da regra que pro�be coliga��es para a forma��o de chapas legislativas. O mecanismo for�a os partidos a escolherem candidatos a vereador que tenham, de certa forma, compromisso com seus ideais. No que tange � disputa pela prefeitura, a novidade pode ser vista por dois prismas distintos. Pelo lado positivo, h� a chance do debate: mais correntes pol�ticas podem defender seus projetos de cidade. Por outro lado, a forma��o de frentes amplas — numa pr�via, inclusive, da elei��o presidencial de 2022 — fica comprometida. Caber� aos dirigentes a tarefa de “engolir sapos” provenientes de negocia��es frustradas se quiserem, de fato, apresentar alternativas nacionais em dois anos. Quem pode se beneficiar � o prefeito Alexandre Kalil (PSD): em um cen�rio pulverizado, sem um oponente claro, ele pode, at� mesmo, triunfar j� no primeiro turno. (Guilherme Peixoto)

*Fernando Borja (Avante) se diz pr�-candidato, mas seu nome n�o foi aprovado durante a conven��o municipal. A defini��o ficou nas m�os da dire��o estadual, mas n�o houve decis�o oficial at� o prazo determinado pela Justi�a Eleitoral, que terminou � meia-noite.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)