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Estado de Minas POL�TICA

Investiga��o do caso Marielle Franco troca de chefe pela segunda vez


17/09/2020 22:09

A investiga��o sobre os homic�dios de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorridos em mar�o de 2018, vai trocar de m�os pela segunda vez. O delegado Mois�s Santana, que era titular da Delegacia de Homic�dios da Baixada Fluminense, assumiu a Delegacia de Homic�dios da capital e ser� o respons�vel pelo caso, substituindo Daniel Rosa.

Quando a vereadora e o motorista foram mortos, o titular da Delegacia de Homic�dios do Rio de Janeiro era o delegado Giniton Lages. � �poca, o governador era Luiz Fernando Pez�o (MDB), mas a seguran�a p�blica no Estado do Rio estava sob interven��o federal. O interventor era o general Walter Braga Netto e o secret�rio de Seguran�a, Richard Nunes.

Um ano depois do crime, logo ap�s identificar Ronnie Lessa e Elcio Queiroz como autores do crime, Lages foi substitu�do pelo delegado Daniel Rosa. O Rio j� era governado por Wilson Witzel (PSC), que extinguiu a secretaria de Seguran�a. As delegacias passaram a ser subordinadas ao secret�rio de Pol�cia Civil, delegado Marcus Vinicius de Almeida Braga. Braga pediu demiss�o no final de maio e Fl�vio Brito assumiu o cargo no in�cio de junho, nomeado por Witzel.

Em 28 de agosto, Witzel foi afastado do cargo pela Justi�a e seu vice, Cl�udio Castro (PSC), assumiu como governador interino. Dezessete dias depois, na segunda-feira, 14, Castro anunciou a troca do secret�rio de Pol�cia Civil. Allan Turnowski assumiu o lugar de Brito, e logo anunciou mudan�as na pasta. Ant�nio Ricardo Nunes deixou a chefia do Departamento Geral de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DGHPP), que foi assumida por Roberto Cardoso. O DGHPP comanda as delegacias de Homic�dios da capital e da Regi�o Metropolitana.

Cardoso ent�o trocou Daniel Rosa por Mois�s Santana. Rosa j� era o respons�vel pela investiga��o da morte de Marielle em outubro de 2019, quando o depoimento de um porteiro envolveu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso. Bolsonaro, que na �poca do crime era deputado federal, e Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato, tinham casas no mesmo condom�nio, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

Um porteiro desse condom�nio afirmou � pol�cia que no dia do crime �lcio Queiroz, outro acusado pela morte de Marielle, chegou ao condom�nio perguntando por Jair. Segundo essa vers�o, Bolsonaro atendeu o interfone e autorizou a entrada de Queiroz. Peritos da Pol�cia Civil analisaram a grava��o e atestaram que a voz n�o era de Bolsonaro, mas de Ronnie Lessa. O pr�prio porteiro se retratou, mas a divulga��o da vers�o inicial dele irritou o presidente, que passou a considerar Witzel um desafeto.

Questionado pela imprensa se a substitui��o de Rosa foi causada por interfer�ncia pol�tica, Turnowski negou. Segundo ele, tratou-se de uma troca por raz�es t�cnicas, e a investiga��o sobre a morte de Marielle seguir� avan�ando.

A reportagem questionou a secretaria de Pol�cia Civil, mas n�o obteve resposta at� a publica��o desta reportagem.


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