Luciano Huck diz que quer sair de sua zona de conforto e contribuir para o debate

O apresentador Luciano Huck participou do encerramento do Global Retail Show 2020, em que fez cr�ticas pontuais ao governo, sem endere��-las especificamente, e defendeu reformas estruturais, mantendo uma postura de "virtual" candidato, como na �ltima elei��o presidencial. Perguntado sobre esse "eventual desafio", Huck disse que � uma "pessoa curiosa", que andou por todo o Pa�s, e que a "resposta sincera que pode dar agora" � que n�o quer ser uma figura passiva e quer sair da zona de conforto, o que n�o quer dizer candidatura a nada "neste momento".

"Ningu�m � rico no Brasil enquanto houver tanta desigualdade. N�o quero me acovardar em achar que eu tenho a solu��o, ou pelo menos posso apontar para ela e ficar na minha zona de conforto, na minha casa, protegido nos muros da minha casa. Eu estou no debate p�blico, eu acho que isso n�o quer dizer que � candidatura de nada, a qualquer coisa neste momento. Eu quero participar e contribuir do debate como eu puder. Neste momento, h� uma convoca��o geracional de que a gente tem que se aproximar da pol�tica", disse.

O apresentador tamb�m repetiu uma avalia��o de Abilio Diniz, fundador da Pen�nsulas Participa��es, tamb�m presente ao evento, de que n�o � preciso fazer pol�tica pela vida inteira. "O Abilio serviu ao Pa�s durante dez anos. Servir no Brasil � servir �gua. Tem que bater palma para quem quer servir", afirmou. "Eu acho que meu papel neste momento � potencializar as ideias, fazer curadoria de gente, para que possamos apresentar para o Pa�s, n�o personalizando em mim, um projeto, o Pa�s n�o tem projeto. A gente precisa ter um plano, um sonho maior", completou.

Em sua fala inicial, Huck disse que queria ressaltar as coisas boas que aconteceram durante a pandemia do novo coronav�rus, como o bom desempenho do agroneg�cio e do com�rcio, mas mencionou que houve "gest�o temer�ria" em rela��o � pandemia. "N�o vamos falar das 135 mil mortes na gest�o temer�ria dessa crise sanit�ria."

O apresentador afirmou ainda que "� uma cabe�a pensante de solu��es" que � favor�vel � concilia��o e ao di�logo. "Fico muito preocupado quando nacionalismo exacerbado � tomado por um lado ou por outro."

Focando bastante no tema da desigualdade, disse que � um dever essa luta, mas que o Estado tem papel preponderante. Segundo o apresentador, as reformas administrativa e tribut�ria s�o fundamentais para possibilitar que o Estado tenha condi��es para acolher a todos que precisam. Huck ainda destacou o papel do aux�lio emergencial, que, conforme ele, salvou o Pa�s nesta crise e ressaltou o Bolsa Fam�lia, dizendo que um ter�o dos alunos que ganharam medalhas na Olimp�ada Brasileira de Matem�tica era benefici�rio do programa.